terça-feira, junho 12, 2007

A quem e por que interessa sabotar a verdade dos fatos?

REESTABELECENDO A VERDADE - DESMENTINDO A ELITE REACIONÁRIA
Por: Mauro Rodrigues de Aguiar

Por mais ingênua que seja uma pessoa, não há a menor possibilidade de não perceber o exagero e a tendenciosidade do noticiário e das mensagens subliminares (maliciosas) embutidas nas entrelinhas dos jornais e até nas novelas da televisão que “invadem” nossas casas todos os dias a respeito da não renovação da concessão hertziana à RCTV na Venezuela, numa clara campanha golpista de uma MINORIA, mas, rica e poderosa parcela da população venezuelana, inconformada em perder os privilégios que sempre tiveram com os governos anteriores, contra o presidente da Venezuela Hugo Chaves, só porque ele faz um governo favorável à maioria da população que sempre foi explorada naquele país.

Primeiramente, nenhum país e nenhum meio de comunicação tem o direito de intervir em decisões que dizem respeito à soberania de outro país.

Em segundo lugar, nenhum meio de comunicação de massa tem o direito de insuflar a população de seu próprio país ou de outros países a apoiar golpes de estado contra governos eleitos democraticamente.

Em terceiro lugar, nenhuma concessão governamental à iniciativa privada deve ter caráter perpétuo e, a meu ver, toda concessão deve prever sua revogação a qualquer momento. Notem que, na Venezuela a lei só permite a renovação ou não de uma concessão dos sinais hertezianos na data de encerramento da concessão; foi o que aconteceu com a RCTV. No Brasil essa concessão pode ser revogada a qualquer momento e sem comunicação prévia como foi feito na Venezuela. Ou seja, a Venezuela é mais democrática do que o Brasil.

Em quarto lugar, o famigerado “Direito de Expressão ou de Imprensa” não pode suplantar o direito da população a uma informação imparcial e de qualidade.

Em sexto lugar, quem menos pode falar que o governo venezuelano é antidemocrático são os meios de comunicação de massa que hoje detém noventa e nove por cento das concessões operadas pela iniciativa privada naquele país, sobrando apenas um por cento para o governo. Se há falta de democracia é no excesso de concessões à iniciativa privada, principalmente em se tratando de meios de formação de opinião que acabam adquirindo um superpoder capaz de “teleguiar pessoas”, destruir culturas e desestabilizar governos.

O encerramento da RCTV terá atingido objetivos além do que se esperava se toda a polêmica gerada no mundo todo levar à criação de leis menos condescendentes do que as atuais com empresas de comunicação de massa que utilizam com má fé os sinais hertezianos que lhe são concedidos como direito de uso. Mais uma vez, a Venezuela contribui imensamente ao se colocar como modelo e exemplo para um mundo melhor no futuro.

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