PODER POPULAR

domingo, fevereiro 13, 2011

Extraditar um refugiado ao país onde é perseguido é abrir um precedente perigoso que pôe em risco qualquer refugiado em solo brasileiro

Aqui vai a convocação do Comitê Battisti Livre.




favor passar adiante,convidar as organizações e pessoas. Obrigada. Lúcia Skromov



Fortalecer a campanha pela imediata liberdade de Cesare Battisti!


Quase quatro anos se passaram e Cesare Battisti continua preso no Brasil desde que foi capturado no Rio de Janeiro em março de 2007 através de uma operação orquestrada pelos governos italiano, francês e a Polícia Federal brasileira. A prisão preventiva mantém-se graças às pressões que o governo de Silvio Berlusconi exerce sobre Brasília para que o ex-militante da organização Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) seja extraditado a fim de cumprir prisão perpétua nas masmorras italianas, sendo seis meses com a privação da luz solar. Toda espécie de arbitrariedades políticas e jurídicas foi realizada para condenar Cesare Battisti por quatro assassinatos que não cometeu. No Brasil não é diferente: Lula negou a extradição do escritor italiano, mas devolveu ao Supremo Tribunal Federal a possibilidade de apreciação de sua decisão baseada no Tratado Brasil-Itália celebrado em 1989.



O conservador STF, através de seu presidente Cezar Peluso e do relator Gilmar Mendes, declararam que “tudo será considerado a seu tempo”, sinalizando que arquitetarão novo malabarismo jurídico para prolongar a agonia de Cesare Battisti na penitenciária federal da Papuda, no DF. Com o agravamento das denúncias de pedofilia contra o primeiro-ministro Berlusconi, a classe dominante italiana e o setor mais conservador da sociedade intensificam a caçada ao escritor como forma de desviar o foco da opinião pública dos escândalos em que se encontra envolvido. A perseguição ao ex-ativista é, antes de mais nada, um troféu na guerra deflagrada pelos setores reacionários italianos e brasileiros no combate àqueles que se levantaram contra o regime de exploração lançando mão da ação direta como forma de realizar justiça social. Com isso, os que clamam pela extradição de Cesare Battisti buscam puni-lo exemplarmente como forma de atemorizar os lutadores do presente e do futuro contra qualquer possibilidade de revolta contra as diferentes formas de opressão, super exploração e a retirada de direitos sociais da classe trabalhadora.



Várias entidades, movimentos sociais, organizações políticas, coletivos, ativistas ligados aos direitos humanos e às reivindicações democráticas tiveram a iniciativa de conformar comitês em várias regiões do país a fim de lutar contra a extradição de Cesare Battisti, e exigir seja do STF ou do Poder Executivo sua imediata liberdade e concessão de asilo político no Brasil. Afinal, é de comum compreensão que esta perseguição pode-se voltar contra qualquer um de nós que ouse lutar por melhores condições de vida através da livre organização social. Apenas uma mudança na correlação de forças poderá acabar com a “fuga sem fim” do escritor italiano. Vários debates e manifestações foram realizados no Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Mas estes foram apenas os primeiros passos de uma longa jornada de lutas até alcançarmos nosso objetivo. Para os próximos dias, convocamos aqueles ativistas, organizações, movimentos e entidades sindicais que ainda não aderiram à campanha internacionalista a ingressar ativamente nestas atividades, conforme calendário a seguir:



- Manifestação com concentração no MASP

(na sequência caminharemos até o Consulado Italiano, na Av. Paulista)

18 de fevereiro, sexta-feira, às 17 horas



- Plenária ampliada com entidades, movimentos e representações políticas:

19 de fevereiro, sábado, às 15:00

Espaço Mané Garrincha

Rua Silveira Martins, 131, sala 11.



- Saída da caravana a Brasília

22 de fevereiro, terça-feira, 16 horas



- Ato político em Brasília e visita a Cesare Battisti

23 de fevereiro, quarta-feira



A liberdade de Cesare Battisti depende exclusivamente de nossa capacidade de luta! Junte-se a nós!



Comitê Battisti Livre - SP

domingo, dezembro 26, 2010

EUA tentam mudar Protocolo do Parlasul para prorrogar mandato de parlamentares amigos e evitar eleição direta em 2012.

Rede Noticias Interprensa - Sucursal Brasil


- A maior rede de noticias do mundo - Abrangendo 151 países de todos os continentes –

- 115 Agências de Noticias - 65 Redes de TV - 1.250 Jornais - 8.100 Rádios - 2.500 Sites - ,

A Rede de Noticias dos Movimentos Sociais e Organizações Populares da América Latina



EUA tentam mudar Protocolo do Parlasul para prorrogar mandato de parlamentares amigos e evitar eleição direta em 2012.



Por ZÓBIA SKARTINNI e JULYANA REYS.



MIDIA LATINA; EUROLATINA; AGNOT; Em Buenos Ayres, 10.12.2010 18h00. Com o objetivo de evitar o debate de temas incômodos para a política norte americana como a instalação de bases militares na Colômbia, a reativação da 4ª Frota; o combate ao narcotráfico que financia políticos norte americanos, dentre outros assuntos, grupos da direita que fazem parte do Parlasul, através da apresentação de uma proposta de recomendação a ser votada na próxima segunda feira, dia 13 , na reunião em Montevidéu, através de parlamentares simpáticos á política estadunidense, a direita lá representada por alguns deputados e senadores que compõem a Representação Brasileira naquele Parlamento tentará mudar o Protocolo Constitutivo do Parlamento do Mercosul, modificando os artigos que hoje obrigam á eleição de cidadãos brasileiros no exercício de seus direitos para que sejam eleitos apenas congressistas com mandato e simpáticos aos EUA, segundo Carlos Tovar, sindicalista, argentino e Coordenador do Comitê Argentino de Defesa do MERCOSUL.

Um grupo liderado por parlamentares brasileiros historicamente defensores da política norte americana articulados com parlamentares da Argentina, Paraguai e Uruguai já tem em mãos proposta elaborada por diplomatas norte americanos alterando basicamente as regras de uma eleição que já começou a ser disputada, declarou Tovar, que chamou a ação de Operação Rio da Prata II.

Semana passada no Brasil, movimentos sociais, deputados e senadores já haviam denunciado a ingerência dos EUA na tentativa de evitar as eleições diretas para o Parlasul no país, quando diplomatas norte americanos conseguiram evitar que um Projeto de Lei apresentado pelo Deputado Carlos Zarattini, do PT\SP, tramitando em regime de urgência urgentíssima fosse votado, conseguindo que o mesmo ficasse engavetado por parlamentares de sua confiança até depois das eleições passada. A denuncia foi apresentada também sob pedido de informação apresentado pelo Deputado Eugênio Rabelo, PP\CE, e posteriormente pelo Senador Mão Santa, PSC\PI, que se solidarizou com o deputado cearense e mostrou a preocupação das ações dos EUA na política interna brasileira. Os dois pediram também uma CPI, Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar tais denuncias e a caixa de pandora que são os gastos da Representação Brasileira no Parlasul.

Após ser descoberta uma verdadeira conspiração do silêncio onde nenhuma informação sobre o Parlasul era passada para a opinião pública dos quatro países pelos seus componentes, e caso não se denunciasse o esquema montado as eleições diretas jamais se realizariam, agora um grupo liderado por parlamentares brasileiros no Parlasul querem mudar o Protocolo para prorrogar os próprios mandatos no Parlamento do MERCOSUL , que terminam dia 31 próximo, e alterar o Artigo 11, referente aos incisos 2 e 3 do Protocolo que garante a representação de cidadãos no Parlamento, e proíbe a escolha de senadores e deputados, e que com a alteração, totalmente contrária aos princípios do Direito Internacional e Constitucional Comparado fere os princípios éticos e morais que norteiam o mesmo Protocolo e garantem a prorrogação dos mandatos e a eleição de parlamentares próximos politicamente aos Estados Unidos, hoje mais vigilantes junto aos aliados e atuando através de suas embaixadas no Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai.

Segundo Carlos Tovar os movimentos sociais argentinos e uruguaios estão se mobilizando para evitar o que chamou de picaretagem institucional, praticada pelos parlamentares do Parlasul, que querem acumular mandato e vantagens financeiras, como diárias e influencia nos respectivos países. Tovar disse que vai pedir a parlamentares progressistas e que compõem a esquerda argentina que investigue o envolvimento de políticos daquele país com o governo dos Estados Unidos e a CIA.

Já o Coordenador Geral do FOSPUL, Fórum Brasileiro de Organizações Populares de Defesa do PARLASUL no Brasil, advogado Acilino Ribeiro, também Coordenador Nacional do MDD, Movimento Democracia Direta, e principal articulador das eleições diretas para o Parlasul no país, disse que semana passada estava na América Central e foi informado por militantes dos movimentos sociais da região de que estava acontecendo uma tentativa de manobra, com ações desenvolvidas por diplomatas norte americanos sob orientação do Departamento de Estado e a coordenação dos Serviços Secretos e de Inteligência dos EUA e da direita sul americana, mas especificamente grupos argentinos e uruguaios para evitar a aprovação de resoluções nos respectivos congressos nacionais das resoluções que garantem a participação popular no Parlasul. Como também foi informado de que senadores paraguaios estão recebendo orientação dos EUA em Assunção para não aprovarem a entrada da Venezuela no MERCOSUL.

A informação chegada aos militantes que defendem as eleições diretas para o Parlasul e confirmada por Acilino Ribeiro, é de que nesta segunda feira, dia 13, como nenhuma Resolução aprovada pelo Parlasul ainda tem força de lei, e portanto nenhum país será obrigado a aceitar, mesmo que essa seja a vontade dos EUA, a direita tentará aprovar as seguintes recomendações a serem encaminhada ao CMC, Conselho do Mercado Comum, que se reúne dia 17 e assim respaldar sua proposta: Segundo Acilino as alterações a serem tentadas serão as seguintes: 1. Alterar o artigo 11 do Protocolo Constitutivo do Parlasul, revogando sua aplicabilidade já a partir de 1º de janeiro de 2011, como já é determinando e colocando que o mesmo passe a valer e seja aplicado somente a partir de 2014; 2. Alterar as Disposições Transitórias, que determina e estabelece que a - “primeira etapa da transição”: é o período compreendido entre 31 de dezembro de 2006 e 31 de dezembro de 2010. e a - “segunda etapa da transição”: é o período compreendido entre 1º de janeiro de 2011 e 31 de dezembro de 2014. Segundo informações colhidas o documento a ser apresentado e que agrada aos embaixadores dos Estados Unidos no MERCOSUL é de que a primeira fase seja estendida até 2014, facilitando assim a prorrogação dos mandatos dos atuais ocupantes das cadeiras do Parlasul, e caso seja necessário a eleição de mais algum, que sejam parlamentares com mandatos, considerando ser mais fácil o controle pelas embaixadas norte americanas, conforme relato passado a Acilino Ribeiro.

Três projetos de Resolução estão para ser votados nos respectivos Senados dos três países, regulamentando estas eleições indiretas, o que despertou o interesse norte americano devido ao grande número de assuntos que lhes interessa no Parlasul e caso para lá fossem escolhidos agora, ou eleitos em 2012, militantes de esquerda como foi anunciado pela grande mídia nacional , como integrantes do MST, CUT, MDD, UNE e CPT iria gerar problemas sérios á diplomacia estadunidense.

Arturo Echeverria, professor e sindicalista paraguaio informou que agora fica claro que a ação dos EUA na América do Sul é de um projeto de dominação política completa e que vai aos mínimos detalhes evitando as eleições diretas no Parlasul e criminalizando os movimentos sociais, lembrando uma entrevista do Coordenador Nacional do MST, João Pedro Stédile, onde o líder dos sem terra afirma, conforme matéria publicada na imprensa de que: ''Os EUA são os maiores terroristas do mundo''. O documento da inteligência norte-americana vazado pelo web site Wikileaks e que menciona o MST (Movimento dos Sem-Terra) é, para um dos maiores líderes da entidade, uma prova da ingerência dos Estados Unidos nos assuntos internos do Brasil e da América Latina. Para João Pedro Stédile, um dos coordenadores nacionais do movimento, a mensagem diplomática que trata os sem-terra como um "obstáculo" para a criação de uma legislação antiterrorista no Brasil "revela, infelizmente, como o governo dos EUA continua tratando os países da América Latina como meras colônias que devem obedecer e serem orientadas". Mais adiante Stédile diz que: "Todos sabemos que o governo e o Estado do EUA são na atualidade o maior terrorista do mundo", "O Estado norte-americano comete todo tipo de crimes contra a humanidade, possui mais de 800 bases militares em todo o mundo, financia e pratica golpes de Estado, como o que destituiu recentemente o presidente Manuel Zelaya; mantêm dezenas de prisioneiros sem nenhum amparo das Nações Unidas em Guantánamo; atacaram o Iraque e lá mataram mais de 300 mil civis apenas para controlar o petróleo, já que se comprovou a mentira das armas químicas; atacaram o Afeganistão com a desculpa da busca por Bin Laden, que sempre foi amigo da família Bush; e, pior, financiam toda a sua máquina de guerra emitindo dólares sem controle, como uma moeda internacional, a que todos os países do mundo têm de se submeter".

Ao lembrar a entrevista de Stédie, Echeverria afirmou que, “ o que os EUA estão fazendo no MERCOSUL é o mínimo de terrorismo, e o pior ainda estar por vir,” lembrando também que o Coordenador Nacional do MDD, Acilino Ribeiro já tinha denunciados as manobras da CIA e a Operação Rio da Prata a mais de dois anos, e que chegou o momento das autoridades brasileiras, argentinas, paraguaias e uruguaias investigarem essas ações, comparadas somente a ação conjunta dos EUA, quando a CIA, Agência Central de Inteligência, coordenou a Operação Condor, concluiu.





FONTES MIDIA.LATINA; AGNOTMUNDO; INTERPRESS.DIPLOMATIK; ASSIMPSUL; INTERPRENSA. 10.12.10 – As 18.h00 - ZS e SC.

10 estratégias de manipulação midiática

Vi na Globonews uma matéria favorável à presidente eleita Dilma Roussef e ao legado de Lula. Também anunciaram um programa da Míriam Leitão que falará da ascenção das mulheres no Brasil. Não vou me surpreender se passarem "Lula, o filho do Brasil" na TV até o fim do ano. Afinal, que doideira é essa, de uma hora morderem e noutra, soprarem? Para entender melhor a mídia, reproduzi abaixo o texto do linguista americano Noam Chomsky, publicado pelo jornalista Rodrigo Viana no seu blog Escrevinhador :


10 estratégias de manipulação midiática

publicada terça-feira, 23/11/2010 às 10:45 e atualizada terça-feira, 23/11/2010 às 11:02


O lingüista estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das “10 estratégias de manipulação” através da mídia:


1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.


2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.

Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.


3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.

Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.


4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.

Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.


5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.


6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.

Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…


7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.

Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.


8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.

Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…


9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.

Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!


10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.

No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos

terça-feira, junho 01, 2010

Abaixo assinado internacional - assine e divulgue

No dia 31 de maio de 2010, mais uma vez o governo israelense, em nome de um cruel bloqueio que mantém contra o povo palestino, desferiu um covarde ataque militar. Desta vez foi contra a "Flotilha da Liberdade", um comboio de 6 navios com cerca de 750 pessoas solidárias de 60 paises, em águas internacionais, que levava ajuda humanitária aos habitantes da Faixa de Gaza, que vivem na mais absoluta pobreza em consequência do bloqueio israelense.

Nesse novo ataque, os militares israelenses mataram 9 pacifistas (número divulgado pelo governo israelense, mas há informações extra oficiais que afirmam ter sido pelo menos 26 mortos de diferentes países) e prenderam seiscentos. De ataque em ataque, Israel aumenta a cada dia sua extensa lista de crimes contra a humanidade.

Acesse o abaixo assinado que está no link abaixo e seja mais um a exigir que sejam devidamente punidos os responsáveis por mais esse ato de terror.

http://www.avaaz.org/po/gaza_flotilla/97.php?cl_tta_sign=ade2b8c4c1213b632259c1fdba225b4f

quarta-feira, abril 28, 2010

Campanha em solidariedade aos palestinos em situação de refúgio no Brasil - ajude a família de Abu Mustafa!



Recentemente, faleceu Abu Mustafá (Khaled Sabri), aos 47 anos de idade, um dos 117 refugiados palestinos que viveram por quase cinco anos no campo de Ruweished, perto da Jordânia, e foram recebidos pelo Governo brasileiro ao final de 2007. Atualmente, a família – mulher e três filhos – vive em Dois Vizinhos, no Paraná, onde Abu Mustafá trabalhava num abatedouro.

Uma maneira de ajudar essa família palestina, neste momento emergencial, de modo que possa ter estabilidade para construir e continuar sua vida no Brasil, é contribuir depositando qualquer quantia na conta abaixo:

Banco do Brasil

Ag. 0294-1

c/c 59129-7

Mustafá Khaled Sabri

segunda-feira, março 01, 2010

Indígenas Tupinambá são agredidos na Bahia

Agressões aconteceram durante manifestação de fazendeiros da região contra a demarcação da terra Tupinambá

Novas arbitrariedades com indígenas na Bahia. Na última sexta-feira (19), indígenas da aldeia de Serra do Padeiro sofreram ataques e ameaças de fazendeiros da região. As agressões aconteceram durante manifestação dos produtores da região contra a demarcação das terras Tupinambá.

José Domingos e Givaldo Jesus da Silva, indígenas Tupinambá, estavam na cidade de Buerarema vendendo a produção de farinha da comunidade. No mesmo local, na Praça Domingos Cabral, acontecia manifestação liderada por fazendeiros, que já há algum tempo vêm incitando a população contra os indígenas. Ao avistarem os indígenas na praça, os fazendeiros e seus simpatizantes perseguiram e ameaçaram José Domingos e Givaldo, destruindo os carros de sua comunidade.

Revoltados com as agressões, a comunidade deslocou-se para parte da área indígena demarcada, ainda em poder de um dos fazendeiros, o principal agitador e incentivador de agressões contra os indígenas. A comunidade está cansada de esperar que soluções sejam tomadas por parte das autoridades em relação à demarcação de suas terras. Os indígenas esperam que investigações sejam realizadas para evitar os ataques que freqüentemente têm sofrido.

Na manhã de sábado, os indígenas que ocuparam a fazenda foram violentamente surpreendidos pela Polícia Federal, que estava em companhia dos fazendeiros. De acordo com lideranças indígenas, os policiais agiram com violência, atirando e intimidando as pessoas. Durante a ação, diversos indígenas se refugiaram na mata, dois deles juntamente com outros dois não indígenas foram presos pelos policiais. Os detidos foram acusados pela PF de formação de quadrilha, reação à prisão e esbulho possessório.

Ainda na noite de sábado os dois não indígenas foram liberados. José Domingos e Givaldo da Silva só voltaram pra casa na manhã de domingo. De acordo com o grupo que ocupa a fazenda, nem mesmo a operação arbitrária e violenta da Polícia Federal fará com que saiam do local. "Temos direito à terra que nos pertence tradicionalmente. Além disso, esse fazendeiro é o principal agitador do povo contra nossa comunidade, mesmo não tendo motivos para isso", afirmou a liderança Glicélia Jesus da Silva.



Perseguição

A perseguição do fazendeiro à comunidade é de longa data. Ele, inclusive, tem utilizado espaço na Rádio Jornal de Itabuna, durante o programa Novo Amanhecer, para atacar, ofender, agredir e levantar calúnias contra os indígenas. "Somos constantemente perseguidos por esses fazendeiros, por isso resolvemos realizar essa retomada. Eles precisam entender que o tempo dos grandes coronéis já passou, que temos direitos que devem ser respeitados", afirmou Glicélia.

sábado, fevereiro 27, 2010

DESCASO DOS GOVERNOS E GANÂNCIA DOS CAPITALISTAS

QUEM É CULPADO PELAS ENCHENTES?

Já virou rotina não sabermos como vai terminar nosso dia. Se vamos ter como voltar pra casa ou se as ruas serão alagadas tornando-se rios e lagos invencíveis para carros, ônibus e trens. Quantas vezes ficamos reféns nas estações esperando a liberação dos trilhos?

E quem mora na periferia? Tem que conviver com a constante ameaça de ver tudo o que conquistou ser arrastado pelo barranco e ainda por cima ter que ouvir pela televisão que ele não deveria estar ali. Ora, quem pode escolher não vai querer morar em cima ou embaixo de um barranco ameaçado de deslizamento.

É claro que não podemos esperar que os governos controlem as chuvas, mas devemos exigir que sejam tomadas medidas para combater e minimizar as conseqüências de períodos chuvosos e que o povo pobre não seja obrigado a pagar com a vida pela falta de planejamento urbano e pelo lucro dos especuladores imobiliários.

Sabemos que a impermeabilizaçã o do solo é a principal causa de enchentes, pois a água não pode ser absorvida pelo concreto e pelo tipo de asfalto usado. Isso aconteceu principalmente em antigas áreas de várzea de importantes rios (Tietê, Pinheiros, Tamanduateí, que hoje não passam de esgoto a céu aberto), tomadas por empreendimentos imobiliários como Shoppings e condomínio fechados.

Para aumentar esses problemas existem os interesses e a influência das grandes multinacionais, indústrias automobilísticas, que se instalaram no Brasil no século passado e impuseram a desorganização dos transportes baseada nas rodovias e no carro para garantir seus lucros. Tal modelo exige cada vez mais a construção de avenidas asfaltadas, pontes e viadutos, a demolição de prédios e a desapropriação de casas para dar lugar à fluidez do trânsito entupido de automóveis. É esse modelo irracional, voltado apenas para gerar lucro para as indústrias multinacionais, empreiteiras e grandes imobiliárias que impuseram o prolongamento da Av. Faria Lima, no Bairro Pinheiros,e a construção da famosa Ponte Estaiada, onde é proibida a passagem de ônibus. Não é de se admirar que apesar de tantas obras caríssimas o trânsito continua caótico já que não há um verdadeiro compromisso com o transporte público, também entregue à exploração privada, encarecido e de baixa qualidade.

A lógica do lucro no planejamento da ocupação do solo permite que a especulação imobiliária encareça os imóveis próximos ao centro e obrigue os trabalhadores a se fixarem longe de seus locais de trabalho. Essa manobra pode ser constatada se observarmos a história dos loteamentos para trabalhadores que ao serem iniciados longe do centro garantiam o encarecimento dos imóveis centrais.

É, portanto, essa lógica de geração de lucro ao invés da satisfação das necessidades humanas a responsável pelas enchentes e deslizamentos que tantas vítimas e prejuízos causam aos trabalhadores.

Aos trabalhadores só restam os locais mais baratos, ou seja, aqueles que não são os principais alvos da especulação imobiliária: como as encostas, áreas de mananciais, morros e margem dos rios da periferia.

O fato é que se a lógica do lucro na ocupação do solo não for quebrada, os trabalhadores continuarão a perder tudo: suas casas e até a vida de seus familiares. Se os casos mais famosos como as enchentes do Jardim Romano e do Jardim Pantanal, na periferia da Zona Leste já duram mais de 3 meses, imaginem as milhares de tragédias anônimas vividas por tantos trabalhadores que ao chegar a suas casas se deparam com uma inundação ou deslizamento.

O HAITI (TAMBÉM) É AQUI
Não é difícil percebermos que trabalhador sofre em qualquer lugar. O Haiti é mais uma demonstração, pois a falta de infra-estrutura de emergência, de estradas, de rede de saúde e distribuição de alimentos elevaram o número de mortos do terremoto a 230 mil. As "Forças de Paz" da ONU garantiram a segurança dos ricos de lá enviando soldados armados com fuzis, cacetetes e granadas ao invés de médicos, enfermeiros, remédios e alimentos para viabilizar o mínimo de cuidado ao povo pobre.

Tanto lá como aqui percebemos que as maiores vítimas dos desastres naturais sempre são os trabalhadores e quem realmente se preocupa e se solidariza com as vítimas são também os trabalhadores. A cidade de São Luis do Paraitinga, no interior de São Paulo, por exemplo, foi devastada pela chuva e está se reerguendo graças ao apoio dos trabalhadores de outras regiões.

Para as empresas: ajuda do Estado. Para as vítimas das enchentes e deslizamentos: a culpa pelas desgraças

Enquanto as grandes empresas e multinacionais sempre contaram com a ajuda do Estado através de anistia de impostos e financiamento a juros baixo que garantem sua lucratividade, os trabalhadores vítimas de enchentes e deslizamentos são responsabilizados pelos desastres, acusados de entupir os bueiros e de ocupar áreas de riscos como se fossem por lazer, acabam na prática a arcar sozinhos com o custo das desgraças e quando tentam mostrar sua indignação são duramente reprimidos pela polícia, como foi o caso do protesto em frente à Prefeitura de São Paulo que acabou em pancadaria e repressão contra as vítimas de enchente. Como se não bastasse toda a dificuldade porque passam os trabalhadores, a mídia insiste em tentar nos dividir entre quem mora na favela e quem não mora, quem é culpado e quem não é, jogando-nos uns contra os outros para fugir do debate real da causa das enchentes, muito mais profundo que isso.

Cada Prefeito e Governador joga a culpa nos outros e nunca faz nada frente a um problema que se repete a cada ano, não estão dispostos a enfrentar o problema pela raiz. Só quebrando a atual lógica do lucro na ocupação urbana e no modelo de transporte poderemos ter ações eficazes para combater as enchentes e deslizamentos e minimizar seus efeitos. Caso contrário, continuaremos com as ruas entupidas de carros, pagando impostos para que se construa mais avenidas, pontes e viadutos, impermeabilizando a cidade com concreto e asfalto e sendo empurrados para ocupar áreas de riscos ou ainda tendo áreas que antigamente eram seguras e livres de enchentes agora tomadas pelas águas.

Há milhares de imóveis vazios nas grandes cidades enquanto trabalhadores vivem em áreas de risco e distantes do trabalho. É necessária uma reforma urbana para racionalizar o uso do solo e a ocupação urbana, portanto é preciso:
Expropriar os imóveis ociosos e colocá-los à disposição dos trabalhadores;
Um grande plano de obras que viabilize a construção de moradias populares;
Fim de financiamento público para condomínios de luxo e a utilização dessa verba em moradias populares;
Indenização pública a todas as vítimas de enchentes e deslizamentos;
Casa para quem perdeu a casa nas enchentes e deslizamentos
Isenção de todos os tributos para as vítimas de alagamentos e desmoronamentos;
Por um plano de obras públicas que priorize o saneamento e a despoluição de rios e lagos;
Investimento em transporte público de qualidade que priorize o modelo de transporte coletivo;nContra a repressão e a criminalização dos movimentos das vítimas de enchentes.

domingo, janeiro 31, 2010

Nenhuma novidade: Globo manipulou informações sobre o MST, Venezuela e posição do Brasil diante de Honduras e de Chávez em 27/01/2010 no Jornal Nacional

A mesma rede de televisão que induziu grande parte da população brasileira a votar em Fernando Collor de Melo nas eleições de 1989, apoiou o governo de FHC, aquele presidente que chamou os aposentados de nosso país de vagabundos e, provavelmente, fará (ou já está fazendo?) campanha para José Serra a Presidência da República nas eleições desse ano, fez hoje, 27 de janeiro de 2010, em seu telejornal transmitido nacionalmente em horário nobre o que era de se esperar dela, falo da Rede Globo de televisão.



Vi as manchetes na chamada inicial do Jornal Nacional da Rede Globo contendo notícias entre outras, sobre o MST, a Venezuela, a posição do Brasil diante da situação em Honduras e do presidente Hugo Chávez. Vamos as abordagens de cada tema especificamente para entendermos melhor como acontece a manipulação das informações por parte da mídia corporativa.




MST



Sobre o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que teve 9 de seus membros presos nos últimos dias por conta da ocupação de terras na cidade de Iaras, no interior paulista que, diga-se de passagem, são as mesmas terras que foram griladas pela empresa Cutrale, produtora de suco de laranja e serve ao capital internacional, área essa que pertence a União e não a empresa.



No Jornal Nacional, foi mostrado um vídeo que, segundo o famoso casal de jornalistas da bancada, seria a demonstração das verdadeiras intenções do movimento na ocupação. O trecho do vídeo foi escolhido minuciosamente de acordo com os interesses dos empresários envolvidos, pois mostra um integrante do movimento dizendo que a ocupação seria para dar prejuízos. O telejornal global mostra a situação como se a empresa estivesse em plena razão de requerer a reintegração de posse e a prisão dos trabalhadores rurais que fizeram a ocupação de área que é da União e não da empresa. Engraçado que a Justiça sequer mencionou a possibilidade de prender algum acionista da Cutrale, quando a empresa grilou essa área no interior paulista, porém quando trabalhadores pobres que lutam por uma divisão justa da terra, ocupam o espaço, em protesto contra os grileiros e, como forma de denúncia, derrubam pés de laranja, que é um símbolo do agronegócio que usa o solo brasileiro para o benefício das grandes empresas agro-exportadoras sem visar, em nenhum momento, os interesses da população, a mesma rede de televisão que esteve o tempo todo ao lado dos militares durante a ditadura e de todas as atitudes danosas dos governos autoritários contra o povo brasileiro, tenta mostrar aos telespectadores que a empresa tem razão em roubar terras de nosso povo para satisfazer sua ânsia pelo lucro com as exportações. O que causa prejuízos à população é o agronegócio que a Cutrale fomenta e participa. Entre outros danos, a geração de um grande número de desempregados no campo que acabam indo para as periferias das cidades em busca de emprego por causa da mecanização no campo, promovida pela ditadura da produtividade no agronegócio em busca de preços mais competitivos no mercado internacional. Isso não é falado pelas grandes redes de televisão e órgãos da imprensa escrita, por que será? O leitor, por acaso, saberia responder?




Venezuela



Foi falado no telejornal global que o presidente venezuelano, Hugo Chávez, numa escalada autoritária, tirou 6 redes de TV a cabo do ar por se recusarem a transmitir os discursos dele. E ainda, que em manifestações morreram 2 jovens, num tom que leva os passivos telespectadores a pensar que a situação na Venezuela promovida por Chávez é criminosa. Nessa notícia percebemos a manipulação através da omissão de informações, que é uma característica dessa conhecida rede de televisão brasileira.



Primeiro: quem tirou as 6 redes de TV a cabo do ar não foi o presidente Chávez, mas sim, a Comissão Nacional de Telecomunicações (Conatel) que é encarregada de fazer cumprir as leis na área de comunicação na Venezuela e tem como diretor geral o Ministro do Poder Popular para Obras Públicas e Moradias, Diosdado Cabello (que nem é citado na matéria do Jornal Nacional). As redes de televisão a cabo foram autuadas por desobedecer a Lei de Responsabilidade Social de Rádio e Televisão que obriga as tv’s a cabo a terem 12,7% de conteúdo nacional durante sua programação. Detalhe, as medidas tomadas pela Conatel tiveram apoio dos Produtores Nacionais Independentes (PNI), da Unidade Popular Venezuelana (UPV), da Universidade Bolivariana da Venezuela entre outros grupos organizados do país.



Em comunicado destinado a Conatel, os Produtores Nacionais Independentes afirmam “foi uma ação desesperada do diretor geral da RCTV [canal de televisão privado que não obteve renovação da concessão estatal em 2007, devido a participação ativa da rede no golpe de Estado contra o governo de Hugo Chávez em 2002, situação que é mostrada no documentário “A Revolução Não Será Televisionada”], Marcel Granier, para manter a censura no seu canal ao presidente da República, Hugo Chávez Frías, e a tudo que tenha de positivo a Revolução Bolivariana”. Veja o comunicado na íntegra (http://www.conatel.gob.ve/download/comunicado.pdf)



Segundo: também foi dito no telejornal global que morreram 2 jovens venezuelanos em protestos por causa dos acontecimentos relacionados ao fechamento dos canais de tv a cabo. Isso é fato, morreram 2 jovens mesmo, mas no jornal não é falado que os 2 jovens mortos eram apoiadores das medidas contra os canais de tv a cabo e foram assassinados por membros da oposição ao governo que estão do lado dos canais autuados pela Conatel. É assim que a direita tem agido na Venezuela, manipula informações através de sua mídia, convocando as pessoas da classe média e os grupos fascistas para manifestações contra o governo, buscando o confronto para colocar a culpa no chavismo e justificar suas atitudes golpistas. Isso foi feito para legitimar o golpe de Estado em 2002, mas não deu certo graças ao povo venezuelano, que foi às ruas, e aos soldados de baixa patente que desobedeceram a hierarquia das Forças Armadas e retomaram o controle do Palácio de Miraflores, em Caracas, e foram tratar de resgatar Chávez, que iria ser fuzilado pelos generais golpistas, para colocá-lo de volta em seu posto, concedido a ele através do voto popular. Até quando a maioria da população vai continuar passiva diante da televisão recebendo as informações dessas grandes redes como se fossem verdades inquestionáveis?



Posição do Brasil diante de Honduras e da Venezuela



Os mesmos jornalistas que omitiram do povo brasileiro as infomações acerca da luta pela terra no interior paulista e das questões relacionadas à Venezuela, o fizeram novamente, além de se aproveitar do analfabetismo político dos brasileiros, quando foram tratar da posição do governo Lula, que segundo os jornalistas da bancada era contraditória, com relação a Honduras e a Venezuela.



Na matéria é mostrada que a posição do Brasil nos dois casos pareceria contraditória, segundo os jornalistas globais. Na questão em Honduras, o governo brasileiro rechaçou o golpe fascista que depôs o presidente, Manuel Zelaya, e em diversas situações envolvendo o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, Lula teria apoiado o mandatário venezuelano. Percebemos o aproveitamento do analfabetismo político da população brasileira por parte da rede de televisão.



Não houve contradição alguma nas ações do governo brasileiro nesses casos. As duas situações são completamente distintas, a grande mídia brasileira quer induzir os brasileiros a crer que na Venezuela não existe democracia. Na Venezuela existe mais democracia do que no Brasil. Nossa atual Constituição foi aprovada em referendo popular como na Venezuela? Sabemos que não. Nossa atual Constituição, por acaso, permite que o mandato do presidente seja interrompido mediante um referendo popular, convocado por meio de um abaixo-assinado? Infelizmente não. Detalhe, a oposição venezuelana já utilizou esse mecanismo, mas o povo decidiu que Chávez deveria continuar como presidente com aproximadamente 60% dos votos no referendo. O que acontece é que na Venezuela está sendo combatida a ditadura da grande mídia com a democratização da informação, o incentivo as produções nacionais e as rádios comunitárias através das leis de telecomunicações do país e isso não agrada aos proprietários dos meios de comunicação privados da Venezuela.



Em Honduras o presidente, Manuel Zelaya, tomou diversas medidas em benefício da maioria da população hondurenha, como o aumento de 65% no salário mínimo, provocando reações da elite local, culminando no golpe de Estado em 28 de junho de 2009. Nossa grande mídia enfatiza que Zelaya tinha a intenção de reformar a Constituição para poder se reeleger. Na verdade, o referendo popular foi convocado para perguntar ao povo hondurenho se deveria ser convocada uma Assembleia Constituinte no país, com intuito de escrever uma nova Constituição com participação popular. Isso certamente não é do interesse de empresários, latifundiários e grandes banqueiros de nenhum lugar do planeta. O golpe de Estado fascista era uma reação esperada por quem conhece a História e a lógica do sistema capitalista. Poucos dias após a deposição de Zelaya, os golpistas fizeram modificações nas leis e recomendações instituindo o toque de recolher, a perda dos direitos individuais, entre outras medidas conhecidas dos brasileiros durante o regime militar em nosso país.



Como o governo brasileiro iria apoiar um golpe de Estado fascista, de extrema-direita? O governo Lula não tem sido coerente em muitos momentos, como na defesa da permanência de José Sarney na Presidência do Senado durante crise política recente na instituição, na aliança que mantém com Collor e outras figuras indesejáveis, entre outros acordos para conseguir fazer com que seus projetos sejam aprovados na Câmara e no Senado. Mas com relação a posição do Brasil na situação em Honduras e na Venezuela esse argumento não cabe. Em Honduras houve um golpe militar, direitos individuais foram suspensos, foi a resposta da oligarquia local aos avanços sociais promovidos pelo governo de Manuel Zelaya e na Venezuela existe uma democracia funcionando com mais participação popular do que nos países alinhados com os EUA. Só não é a democracia que os norte-americanos gostam, onde os grandes empresários, latifundiários, acionistas de multinacionais entre outros grupos bancam as campanhas dos políticos e depois exigem o esforço deles para a aprovação de leis que favoreçam seus negócios. Chávez não estava errado ao dizer certa vez que o Senado brasileiro age “como um papagaio” do Congresso americano. O telejornal tenta demonstrar uma contradição como se as situações na Venezuela e em Honduras fossem semelhantes. Mais um absurdo dessa rede de televisão que chega a tantos lares brasileiros e consegue convencer boa parte de seus telespectadores passivos com seu discurso contra o próprio telespectador.



Este é um pequeno artigo, produto de minha indignação, ao ver os fatos postos para todo o Brasil, retratando situações pela metade e fazendo a todos nós de imbecis em frente a televisão. O problema é que isso não foi só hoje, essa grande rede de televisão faz isso desde a década de 1960 neste país com seus jornais veiculando informações de acordo com interesses empresariais e ainda dá de presente ao povo, suas novelas, programas humorísticos e de auditório para anestesiar a população de analfabetos políticos, na intenção de manter essa forma de analfabetismo.

Prof. Juca