quarta-feira, dezembro 26, 2007

URGENTE

OLÁ, AMIGOS E COLEGAS!



Sou de uma classe social ao qual me foi propiciado o acesso ao mínimo que a cidadania digna tem o direito: escola, saúde, habitação, educação.
As oportunidades que tive aproveitei-as e tento, na medida do possível, proporcioná-las aos meus filhos através de condições materiais e afetivas, para também terem uma vida digna.
Um dos meus filhos, Luís Fernando Kalife Júnior, de 21 anos, lindo, inteligente, músico, ambicioso pelo saber, batalhador desde nascença da luta pela Vida, estudante do curso de letras da UFRGS, professor-estagiário e monitor em curso pré-vestibular da própria universidade, por dificuldades de saúde encontra-se hoje dependendo de transplante dos dois pulmões. Vive dependente de "oxigenoterapia" (respiração artificial), estando atualmente na lista de espera para transplante de pulmões da Santa Casa de Misericórdia (Pavilhão Pereira Filho) POA/RS. O acompanhamento e a dedicação médica são impecáveis. O convênio (SAÚDE CAIXA) supre as necessidades para amenizar as deficiências que seus pulmões lhe impõem. Sou sabedor e tenho muita fé que a possibilidade dele ter a continuidade da sua vida de forma normal diminuindo as dificuldades para viver e também a nossa angústia, começará a partir da doação de pulmões.
E por este motivo venho recorrer a solidariedade e sensibilidade humana divulgando o presente e-mail ao número máximo de pessoas possíveis.
As doações de órgãos, por serem muito escassas, requerem uma constante, permanente e persistente campanha publicitária evocativa e esclarecedora(o que infelizmente não existe) para que tomemos consciência de que a doação autorizada dos órgãos de um "ente querido nosso com morte celebral declarada” possibilitará a outros seres humanos vida normal, saindo do sofrimento e das algemas que sua doença lhes impõem. Há na lista de pessoas que esperam a doação um índice muito grande de óbitos pela falta de doadores. Residem ai paradoxos, paradigmas e preconceitos que somente poderão ser quebrados através de uma mídia grande de esclarecimento e convocações constantes, feita por pessoas e órgãos de comunicação com credibilidade jornalística e humana para tal conscientização.
Tenho a consciência de que esta deveria ser uma função dos governos, mas se entrarmos nesta área divagaremos muito e certamente não chegaremos à objetividade vital para o momento e para a vida de muitas pessoas, as quais a vida de meu filho está incluída. Não consigo avaliar a extensão e o resultado da minha pretensão recorrendo a vocês. É uma tentativa urgente e desesperadora de Pai. Sofremos duas vezes nesta situação, por nós e pelos filhos.
Tenho fé e esperança que o Novo Ano traga uma boa nova para o Júnior e que ele vença esta batalha pela Vida. Conto com a sensibilidade de todos para os anseios e as necessidades humanas, dando ampla divulgação ao presente e-mail.



Tenham todos um Ano Novo de muita Paz, Saúde, Amor, Alegria e Felicidade e de muitas Esperanças.



Abraço Forte no Coração!



LUÍS FERNANDO KALIFE

GITER PO

Matrícula 5815296

Endereços eletrônicos: luis.kalife@caixa.gov.br ; kalife.voy@terra.com.br

terça-feira, dezembro 25, 2007

Por muitos felizes natais e demais dias a todos que vivem do trabalho e não da exploração sobre o trabalho dos outros

Por um feliz natal a todos aqueles que são excluídos,
Humilhados, esquecidos, pisoteados,
Assassinados de fome, ou pela violência,
Que são encarcerados, marginalizados, caluniados,
Despejados, precarizados, desempregados e explorados.
Aqueles que não tem história,
que saem deste mundo sem deixar memória.
Aqueles a quem o Capital usurpou a vida
e condenou à sobrevivência miserável,
como expectadores passivos do Espetáculo
a sonhar e comer as migalhas de uma mesa que nunca comerão,
Vendendo sua pele como assalariados! – todos nós!

Por todos aqueles que trabalham
e são sujeitados aos ditames vorazes do deus-Capital.
A todos os despossuídos e deserdados deste mundo.
Por um Natal de solidariedade, e não de vendas e mercado.

E um ano novo que não seja mais um ano,
na estrada lenta e inexorável da nossa (sobre)vida assalariada,
Que não seja mais do mesmo, mas um ano de muitas lutas
Onde a dignidade no homem reapareça!
Onde a vida se reapresente, sem preço, não-mercadoria
Como dádiva, gratuita!

domingo, dezembro 09, 2007

O que é um militante de esquerda

O militante de esquerda jamais dirá que tudo está perdido, que o mundo é assim mesmo, que todas as pessoas são mesmo corruptas e que não vale a pena lutar.

O verdadeiro militante sempre terá consciência dos motivos que o move a lutar incansavelmente.

O verdadeiro militante de esquerda não é imediatista nem egoista, mas é coletivista e altruísta, é duro com os injustos, mas terno com os injustiçados.

O verdadeiro militante não nasce feito, embora, desde muito cedo já demonstre sua índole boa, sua formação e consciência de classe se faz na luta.

O verdadeiro militante não se conforma em acomodar-se na ignorância e persegue o conhecimento que só se consegue fora da escola a partir do momento que percebe que o que se aprende nas escolas é só o que interessa ao sistema que o oprime.

Sempre surgirá um novo militante de esquerda enquanto o estado se colocar como opressor e alguém se conscientizar da sua condição de oprimido, porém sujeito das transformações históricas.

domingo, dezembro 02, 2007

Ditadores são os que querem o poder para mandar na maioria

A quem interessa a derrota de Chaves?
Aos que não defendem a verdadeira democracia,
À máfia defensora do capitalismo,
Aos que não se importam que a humanidade continue a se degenerar,
Aos que querem um povo ignorante e subserviente a seus caprichos e atrocidades,
À uma minoria de magnatas espoliadores da maioria pobre,
A essa classe minoritária e parasita que engana aos pobres reivindicando democracia
Para que possam continuar ditando as regras da sociedade,
A essa classe ditadora que arrota democracia.

quarta-feira, novembro 28, 2007

Há um certo fascismo no espírito do tempo

Abaixo, reproduzo, pela sua importância, a íntegra do artigo de um amigo, que foi publicado no Jornal "Mudar de Vida, de Portugal.



As dificuldades da luta de classes no Brasil
Paulo Marques (*) - Quarta-feira, 28 Novembro, 2007
A luta dos trabalhadores no Brasil depara com grandes dificuldades.
Em primeiro lugar, as esquerdas não conseguem se unificar de forma eficaz. Tentam fazê-lo de cima para baixo, a partir de programas ideológicos e não de programas práticos. Isto gera grande sectarismo: temos dezenas de pequenas seitas, cada uma com a sua Internacional e programa revolucionário, mas sem inserção social. Outros setores, os da CONLUTAS e INTERSINDICAL, mais amplos e populares, se organizam junto aos movimentos de Sem-Terra e Sem-teto, em lutas mais práticas. A unidade, quando construída pela base de acordo comum, é mais efetiva.

A segunda dificuldade é que a mídia [meios de comunicação] de massas brasileira faz uma verdadeira campanha contra os movimentos sociais. Trata-os como ‘bandidos’, participando ativamente da campanha das elites pela ‘criminalização dos movimentos sociais’. Ou então faz silêncio absoluto. No dia 23 de Maio, o Brasil parou por inteiro contra a reforma trabalhista, em greves, ocupações e piquetes, e a mídia não noticiou quase nada, mas falou muito dos campeonatos de esportes. E quando a TV não fala de um assunto, é como se ele não existisse. Assim, a mídia cria a ilusão de que o povo brasileiro é pacífico e só pensa em samba, cerveja, mulatas e carnaval. E para piorar, não temos aqui jornais de esquerda (exceto os governistas) capazes de superar esta fragmentação. O sistema vence as lutas fragmentando-as, isolando-as, impedindo-as de terem contato entre si. Unidas, elas poderiam criar uma consciência de classe e se tornar poderosas. Mas fragmentadas, morrem isoladas. Os trabalhadores muitas vezes lutam, mas com uma consciência limitada ao corporativismo ‘categorialista’ - ou seja, a professores interessa o sindicato e as lutas de professores e nada mais.

A terceira dificuldade é que o barulho das botas dos militares continua a rondar como um fantasma. Mas de forma diferente. As periferias brasileiras foram dominadas pelo narcotráfico, e há uma verdadeira guerra civil nelas - todos os dias morrem pessoas. A grande mídia faz uma campanha para aterrorizar a população, a serviço dos grandes lobbys e empresas de segurança privada. Assim, difundiram uma cultura do medo, e passou a ser senso comum para a população o discurso que defende medidas de ‘tolerância zero’ – pena de morte, execuções sumárias, redução da maioridade penal, medidas de perseguição aos pobres, militarização, ocupação militar das favelas. Muitos (principalmente a classe média) defendem a ‘volta da ditadura’. Resumindo: é o neo-fascismo de crise. Fizeram um filme, chamado ‘tropas de elite’, que faz a apologia fascista dos esquadrões militares que ocupam as favelas. E o povo, em massa, adorou o filme e passa a dizer nas ruas que as tropas do filme deveriam ocupar as ruas de todas as cidades. Note-se que no filme ocorrem cenas de torturas, violações de direitos humanos, extermínios e execuções sumárias, e as pessoas acham isto certo. E clamam por isto. Passam a defender que favelados, sem-terras, sem-tetos, são todos ‘vagabundos’ e que precisam ser ‘varridos’. Ou seja, há um certo fascismo no espírito do tempo, e uma estreita fronteira entre isto e a criminalização dos movimentos sociais.

A quarta dificuldade é que o sindicalismo e a esquerda brasileira foram dominados pelo burocratismo. Os sindicatos são dominados por castas de especialistas em poder, que dominam as pessoas com assistencialismo. São tecnocratas que assumem controlo de empresas, gerem capital, usam os sindicatos e os trabalhadores como massa de manobra com fins eleitoreiros, praticam clientelismo, corrupção, nepotismo, são ávidos por cargos, fazem conciliação de classe, negociatas a portas fechadas, etc. E agem contra as oposições sindicais com expurgos, delações aos patrões, agressões, contratam seguranças, usam práticas truculentas, e não raro, ocorrem mortes não esclarecidas. É o gangsterismo puro. Os trabalhadores brasileiros têm um inimigo sério nos dirigentes sindicais vendidos, a par dos vereadores, dos pastores e seitas salvacionistas e dos barões do tráfico. São muitas formas que o capitalismo encontrou para anestesiar a consciência e impedir as lutas.
Em suma, o Brasil é um país onde a esquerda tem tarefas dificílimas. As lutas estão a se reorganizar, mas enfrentam sérios obstáculos. Atravessamos uma época difícil em que é necessário erguer uma frente de luta contra as reformas neoliberais, a barbárie da crise capitalista e o neofacismo tecnocrático.

(*) Professor e dirigente sindical

O original encontra-se em: http://www.jornalmudardevida.net/

domingo, novembro 25, 2007

Calem-se anti-chavistas

A lista de confusões dos anti chavistas é interminável. Comparam a chegada de um militar (Chavez) ao poder com as ditaduras militares latioamericanas do passado. Que eu saiba ninguém elegeu Médici, nem Pinochet, nem Videla e outros carniceiros.

Dizem que Chavez “eliminou qualquer possibilidade de os canais de TV aberta criticarem seu governo”, o que é simplesmente mentira, pois ele cassou a concessão de uma única emissora, e cinco anos depois do golpe do qual foi vítima, com o apoio do conjunto das emissoras e da mídia.

Chamam o assistencialismo de socialismo e diz que o socialismo destruiu os países onde foi implantado. Aqui temos uma completa mistificação da história. Nunca houve países socialistas nesse planeta. Houve países que iniciaram a transição ao socialismo e tiveram as suas experiências abortadas, entre outras coisas, pela pressão contrária do imperialismo. Isso não prova nada quanto à “inviabilidade” do socialismo. O único sistema que se provou inviável na história é o capitalismo. Depois de 250 anos de revolução industrial, 90% da humanidade vive na miséria e o meio ambiente do planeta está sendo destruído. Alguém acredita que os 2 bilhões de chineses e indianos ou os 600 milhões de latino-americanos algum dia terão o padrão de vida e de consumo perdulário dos Estados Unidos? E que se algum dia isso fosse atingido (o que é impossível), o planeta seria destruído por um cataclisma ambiental?

Para que fique bem claro, nem Chavez, nem Fidel e nem nenhum de nós são socialistas; nomáximo, temos ideais e idéias socialistas, mas o capitalismo em que vivemos nos impede. O socialismo pressupõe o controle dos meios de produção pelos trabalhadores e o conseqüente fim do Estado.

quarta-feira, novembro 21, 2007

A arrogância prepotente do rei espanhol na XVII Cimeira Ibero-americana, em Santiago do Chile

por Carlos Aznárez [*]
"Já acabou a época dos vice-reis", terão pensado os chefes de Estado da Venezuela, da Bolívia, da Nicarágua, de Cuba e do Equador, quando no âmbito da XVII Cimeira Ibero-americana tiveram de ouvir as palavras raivosas do Bourbon espanhol, Juan Carlos, a recriminar o chefe revolucionário Hugo Chávez por ter tido a "ousadia" de chamar fascista ao ex-mandatário José Maria Aznar. As verdades foram doridas para a delegação espanhola, sobretudo quando Chávez destacou cada um dos actos cometidos pelo governo Aznar no apoio ao golpe de Estado de Abril de 2002 na Venezuela.

O fascista Aznar teve dois defensores de luxo: primeiro o "socialista" Zapatero e a seguir o monarca espanhol, o qual exigiu ao chefe bolivariano que calasse a boca e não agredisse o seu compatriota e irmão de ideias no que se refere ao fascismo. Zapatero, refutando Chávez, pediu respeito para com Aznar porque "fora eleito com o voto dos espanhóis".

Mas faltava algo para que os ouvidos do novo colonialismo espanhol se irritassem ainda mais. Entrou o nicaraguense Daniel Ortega, que falando em nome do seu povo (e de todos os povos que lutam contra o colonialismo e o imperialismo) contou a história nefasta da empresa espanhola Unión Fenosa na sua actuação na Nicarágua. Chamou-os de mafiosos, de imperialistas e de provocadores que crêem, disse Ortega, que o povo da Nicarágua é seu súbdito.

Valia a pena ver a cara de Moratinos, Zapatero e do próprio Bourbon quando Ortega lhes dizia estas verdades. E naturalmente o Bourbon optou por retirar-se em meio a urgentes consultas da delegação espanhola. Zapatero e Moratinos ficaram, mas a resmungar. Ortega não se calou e, na parte final do seu discurso (que recordava aqueles tempos gloriosos quando no comando da FSLN falava às massas vermelho-negras do seu país), saiu em defesa aberta de Hugo Chávez.

Finalmente, chegou a dignidade de Cuba, na voz do vice-presidente Carlos Lage, que rompeu uma lança em favor de Chávez e de forma muito clara respondeu a um Zapatero cada vez mais incomodado que "não basta que um povo o eleja para que um mandatário seja alguém respeitável". E ascrescentou: "Bush foi eleito e é o assassino do povo iraquiano e eu não lhe tenho nenhum respeito".

Quem quiser ouvir que ouça: os povos da América Latina já não podem ser avassalados nem por ianques nem por bourbons. Com essa arrogância que os caracteriza, estes defensores das transnacionais que esfaimaram a nossa gente (que outra coisa é a Repsol, Telefónica, Union Fenosa, Endesa e outras semelhantes) tentaram fazer calar mas não conseguiram os chefes revolucionários que hoje lhes falam na cara em nome dos seus povos. Por isso tiveram que optar (como no caso do Bourbon) por retirar-se.

Em boa hora, pois NÃO OS QUEREMOS E DEVEM SABÊ-LO.

Acabou-se a época dos vice-reinados (apesar de alguns ainda continuarem em genuflexão) e é a hora dos povos. Daí a dignidade de Chávez, de Evo, de Ortega, de Correa, de Lage, advertindo aos poderosos e aos colonizadores que a América Latina não quer saber mais das suas propostas neoliberais e imperialistas.

[*] Editor de Resumen Latinoamericano.

O original encontra-se em http://www.resumenlatinoamericano.org , Nº 950

Este artigo encontra-se em http://resistir.info/ .

sábado, novembro 17, 2007

"POR QUE NÃO TE CALAS JÁ?!"

Por Laerte Braga

"Juan Carlos Bourbon investiu-se dos poderes de colonizador e perguntou
ao presidente da Venezuela por que ele não se calava? Chávez fez
críticas à Espanha na reunião de países ibero americanos. Acusou
empresas espanholas de negócios escusos, o ex-primeiro ministro Jose
Maria Aznar de "fascista" e de participação no golpe de 2002 que tentou
derrubar o venezuelano e, lógico, a GLOBO aqui editou a discussão entre
o rei e o presidente (eleito pelo voto popular) não mostrando a resposta
de Chávez.

Daniel Ortega, presidente sandinista da Nicarágua havia feito críticas a
empresas espanholas que atuam em seu país momentos antes. Ortega
denunciou a reunião do embaixador da Espanha em seu país, em Manágua,
dias antes das eleições, na tentativa de mobilizar forças para evitar
sua vitória. Disse com todas as letras que vitorioso, recebeu proposta
de suborno de empresas espanholas que operam na Nicarágua.

O presidente sandinista acusou a Espanha de permitir que os Estados
Unidos usem bases militares espanholas para operações contra povos de
outros países e citou o exemplo do bombardeio contra a casa de Kadafhi,
na Líbia. O presidente líbio escapou, mas seus filhos morreram no
bombardeio.

O presidente da Argentina, Nestor Kirchnner acusou a Espanha de práticas
colonialistas e denunciou a ação predatória de empresas espanholas na
Argentina. O presidente Evo Morales, da Bolívia, reclamou de pressões do
governo espanhol para ceder favores a empresas espanholas. Rafael Corrêa
do Equador fez denúncias semelhantes.

Chávez secundou e ratificou todas as acusações, saiu em defesa dos
presidentes dos países da América Latina e respondeu ao rei que "não
temo o senhor, fui eleito pelo meu povo e não permitirei que se repitam
as matanças históricas da época da colonização, praticadas pelo seu
país".

A acusação a Aznar, chamado de fascista foi simples e direta: "Aznar é
um fascista". Dois países reconheceram o golpe tentado contra Chávez em
abril de 2002. Espanha e Estados Unidos. Aznar governava a Espanha.

A derrota eleitoral do candidato de Aznar para o atual primeiro-ministro
espanhol Zapatero se deveu à mentira de Aznar a propósito de um atentado
do grupo separatista basco ETA, em território espanhol, dois ou três
dias antes do pleito. Aznar, que havia enviado tropas espanholas para o
Iraque (foram retiradas por Zapatero) tentou inculpar a Al Qaeda e a
Espanha inteira percebeu que estava diante de uma cilada, uma tentativa
de atrelar o país ao império norte-americano. Uma simples consulta a
jornais espanhóis da época vai revelar que os votos que deram a vitória
ao Partido Socialista (?) de Zapatero vieram da mentira de Aznar.

Um ano após a derrota de seu candidato para Zapatero, Aznar foi acusado,
pela imprensa norte-americana, de receber dinheiro da CIA (Agência
Central de Inteligência) norte-americana, para uma organização (fundação
ou ONG) que montara e que desenvolvia ações golpistas em países de
língua espanhola a favor dos interesses de empresas privadas e dos EUA.

Uma reunião como a que aconteceu no Chile se presta a que debates desse
jaez aconteçam. Se Chávez reagiu de forma histriônica ou não, isso é
outro problema. Com toda certeza um Chávez vale milhões de vezes mais
que um Juan Carlos. Franquista (uma das mais cruéis ditaduras da
história do século XX) e sabidamente de extrema-direita.

Só para se ter uma idéia pálida de como atuam os empresários espanhóis
em países da América Latina, basta recordar o naufrágio do Bateau
Mouche, num reveillon, há alguns anos atrás no Brasil. Como os donos da
empresa fossem espanhóis, a embaixada do país entrou em ação e
pressionou as autoridades brasileiras para que tudo ficasse em mero jogo
de cena. Fatalidade. O descuido e a característica criminosa do fato
(barco inadequado, sem manutenção, super lotado) não contavam para o
embaixador e o governo da Espanha.

Todos os espanhóis envolvidos no naufrágio estão em liberdade e nenhuma
família dos mortos foi indenizada como determinado na lei. Um deles,
Chico Recarey freqüentava colunas sociais, era tido como rei da noite,
dono de pontos de prostituição (boate Help em Copacabana, esquina de rua
Miguel Lemos e avenida Atlântica). Era um deles, um dos espanhóis.

Juan Carlos, fascista como Aznar, ambos estão acostumados a terem
tapetes vermelhos estendidos por presidentes latino-americanos fracos ou
corruptos quando chegam para a velha história de trocar apito com os
"índios" locais. Neste momento não conseguem. Nem com Chávez. Nem com
Ortega. Nem com Morales. Muito menos com Corrêa e menos ainda com
Kirchnner.

O rei da Espanha hoje é só vitrine dos negócios de empresas espanholas,
imagem construída por essa estranha e doentia fascinação das elites por
condes, marqueses, duques, etc. Nada além disso.

O que a mídia fez foi aproveitar, editar, mutilar os fatos,
apresentá-los como convinha e convém aos interesses dos espanhóis, tudo
dentro de um processo visível de tentativa de derrubar o presidente da
Venezuela.

São "negócios" de bucaneiros, piratas, saqueadores.

A explosão de Juan Carlos Bourbon se deve também, vários jornalistas
presentes ao encontro revelaram isso a seus jornais, inclusive jornais
norte-americanos, às manifestações de apoio a Chávez. O venezuelano foi
seguido enquanto esteve no Chile por um cortejo de chilenos a
ovacioná-lo. O rei está acostumado a "dar a bênção real" aos antigos
colonos (acredita que ainda seja assim) e não gostou de ficar em segundo
plano.

Zapatero? Malgrado os méritos de seu governo, retirou as tropas
espanholas do Iraque, já foi enquadrado e apenas suaviza o chicote e o
pelourinho herdado de Pizarro e Cortez.

É bom nunca se esquecer que uma das maiores matanças da história da
América do Sul foi praticada por espanhóis contra o povo Inca. Está em
todas as páginas, de todos os livros de história.

Vale lembrar uma crônica de Luís Fernando Veríssimo sobre o período em
que os mouros ocuparam a Espanha: "nunca destruíram nada e quando saíram
todos os monumentos históricos estavam intatos, ao contrário dos
cristãos quando ocuparam países árabes: destruíram o que puderam para
implantar a verdade cristã".

Os leiloeiros de New York estão cheio de peças saqueadas do Museu do
Iraque, o Museu Babilônico, desde a ocupação daquele país pelos
norte-americanos.

O rei da Espanha é tão somente um bibelô a exibir-se na esteira dos
"grandes negócios" dos empresários de seu país.

Nem rei mais se faz como antigamente. Deve ter pensado que estava se
dirigindo a um dos seus súditos quando mandou Chávez calar. Recebeu a
resposta devida e a altura.

Se a GLOBO não mostrou é por que a GLOBO, como a grande mídia no País,
está a serviço do capital internacional e das máfias que controlam os
"negócios".

Está aí o genro de FHC estrebuchando porque a PETROBRAS removeu as
licitações de prospecção na bacia de Santos e vai ela própria tomar
conta da reserva recém descoberta. O sacripanta, sem nenhum caráter,
está defendendo empresas estrangeiras. Pensa também que o presidente da
República ainda é o ex-sogro, ambos corruptos e venais.

Isso também a GLOBO não vai falar, as empresas estrangeiras são grandes
anunciantes."

terça-feira, novembro 13, 2007

Não há nenhum exagero em qualificar Jose Maria Aznar de fascista

Para quem conhece a história e o passado do ex-primeiro ministro espanhol, José Maria Aznar, Hugo Chaves não exagerou ao qualificar-lo
de fascista. Aznar, produto típico da Opus Dei, que se
reorganiza com novo alento na Espanha, sempre tratou a América Latina
com desdém. Em 2002, em Madri, atreveu-se a dar ordens ao presidente
Eduardo Duhalde, da Argentina, para que aceitasse e cumprisse as
exigências do FMI. Reincidiu na grosseria, ao telefonar a Buenos Aires,
logo depois, como um dono de fazenda telefona para seu capataz, a fim de
determinar-lhe a assinatura imediata do acordo com o órgão.

Conforme disse o próprio ministro de Relações Exteriores da Espanha,
Miguel Angel Moratinos, Aznar deu ordens ao embaixador da Espanha em
Caracas para que apoiasse o golpe contra Chávez em 2002. Com o
presidente eleito preso pelos golpistas, o embaixador foi o primeiro a
cumprimentar o empresário Pedro Carmona, que, também com o entusiasmado
aplauso do representante dos Estados Unidos, tomava posse do governo,
para ser desalojado do Palácio de Miraflores horas depois.

Não se pode pedir a Chávez que trate bem o ex-primeiro ministro
espanhol, embora talvez lhe tivesse sido melhor ignorá-lo no encontro de
Santiago. Mas, como comentou, na edição de ontem de El País, o
jornalista Peru Egurdide, há um crescente mal-estar na América Latina
com a presença econômica espanhola, identificada como "segunda
conquista". A Espanha opera hoje serviços como os bancários, de água,
energia, telefonia e estradas, que não satisfazem os usuários. Ainda na
noite de sexta-feira, em reunião fechada, Lula e Bachelet trataram do
assunto com Zapatero, de forma veemente - longe dos jornalistas.

Mas se Chávez, mestiço venezuelano, homem do povo, fugiu à linguagem
diplomática, o rei Juan Carlos foi imperial e grosseiro, ao dizer-lhe
que se calasse. O rei, criado por Franco, tem deixado a majestade de
lado para intervir cada vez mais na política espanhola - conforme o El
País critica em seu editorial de ontem. Em razão disso, as
reivindicações federalistas dos povos espanhóis (sobretudo dos catalães
e dos bascos) se exacerbam e indicam uma tendência para a forma
republicana de governo. Pequenos episódios revelam o conflito latente
entre os espanhóis e seu rei. Já em 1981, quando do frustrado golpe
contra o Parlamento Espanhol, o comportamento de sua majestade deixou
dúvidas. Ele levou algumas horas antes de se definir pela legalidade
democrática. Para muitos, o golpe chefiado por Millan del Bosch
pretendia que todos os poderes fossem conferidos a Juan Carlos, em um
franquismo coroado.

Os dirigentes latino-americanos tentarão, diplomaticamente, amenizar a
repercussão do estrago, mas o "cala a boca" de Juan Carlos doeu em todos
os homens honrados do continente. O rei atuou com intolerável
arrogância, como se fossem os tempos de Carlos V ou Filipe II. A
linguagem de Zapatero foi de outra natureza: pediu a Chávez que
moderasse a linguagem. Como súdito em um regime monárquico, não pôde
exigir de Juan Carlos o mesmo comportamento - o que seria lógico no
incidente.

Durante os últimos anos de Franco, a oposição republicana espanhola se
referia ao príncipe com certo desdém, considerando-o pouco inteligente.
Na realidade, ele nada tinha de bobo, mas, sim, de astuto, vencendo
outros pretendentes ao trono e assumindo a chefia do Estado. Agora, no
entanto, merece que a América Latina lhe devolva, e com razão, a ofensa:
é melhor que se cale.

Parece que o Paraíso Capitalista não conseguiu ganhar os corações e mentes dos chucrutes orientais...

Fonte: http://blog.controversia.com.br/

92% dos alemães orientais preferem o comunismo no país 11 de Novembro de 2007 às 18h 41m

Para marcar a data da queda do Muro de Berlim, o Der Spiegel fez uma pesquisa, divulgada neste sábado (10), com mil alemães que cresceram nos dois lados do país dividido até 9 de novembro de 1989. A conclusão, para desespero do semanário alemão, é que, mesmo depois de 18 anos da queda do muro, 92% dos germânicos orientais, de 35 a 50 anos, ainda preferem o regime comunista ao capitalista. Já 60% dos jovens, de 14 a 24 anos que moram no Leste, lamentam que nada tenha restado do comunismo na sua pátria.

Por Carla Santos

Junto com a TNS Forschung, o Spiegel fez a pesquisa com duas gerações distintas de alemães orientais e ocidentais com o objetivo de obter um retrato dos resultados da unificação na psique nacional. A conclusão é que o muro ideológico ainda permanece nas mentes alemãs, quase duas décadas após a reunificação.

Foram entrevistadas 500 jovens na faixa etária de 14 a 24 anos e seus 500 pais na faixa de 35 a 50 anos. A primeira, tinha no máximo seis anos quando o muro caiu e, evidentemente, possui uma experiência temporal menor do período em que o país estava dividido pela Guerra Fria.

Já a segunda geração tinha pelo menos 17 anos, e no máximo 32, quando ocorreu a debacle do muro. O método da pesquisa constatou que praticamente não há diferenças entre as gerações mais jovens e mais velhas na sua forma de pensar a reunificação.

Socialismo, uma boa idéia

As maiores diferenças na pesquisa aparecem quando os entrevistados orientais e ocidentais compartilham suas opiniões sobre a vida na antiga Alemanha Oriental. O Estado comunista recebe notas muito mais altas dos que moram no Leste com relação aos que moram no Oeste.

Dos alemães orientais de 35 a 50 anos, 92% acreditam que um dos maiores atributos da antiga Alemanha Oriental foi sua rede de segurança social; 47% dos jovens no Leste também pensam assim. No item ‘’padrão de vida'’, os jovens do Leste avaliam a Alemanha comunista de maneira ainda mais positiva que seus país.

Por outro lado, apenas 26% dos jovens ocidentais e 48% dos seus pais expressaram a opinião que a Alemanha Oriental tinha um sistema mais forte de bem estar social comparado com o de hoje.

Os alemães orientais também estão menos satisfeitos e menos otimistas com sua situação do que os que vivem nos Estados que compunham a antiga Alemanha Ocidental. Eles estão muito menos convencidos das virtudes do capitalismo do que seus colegas ocidentais. Muitos acreditam que o socialismo é uma boa idéia que simplesmente não foi bem implementada no passado.

Contudo, apesar da nostalgia pela Alemanha Oriental, a maior parte dos alemães orientais diz que preferiria morar no Oeste, caso um novo Muro de Berlim fosse construído hoje. O que não é de todo contraditório, já que durante a Guerra Fria, com o apoio de todo tipo dos EUA ao Oeste, e também todo tipo de boicote ao Leste, a Alemanha Ocidental oferecia muito mais riqueza, ainda que com alguma desigualdade, do que a Oriental.

Identidades diferentes

Os dados da pesquisa revelam que as diferenças ideológicas se refletem na identidade de cada grupo, já que 67% dos jovens alemães, e 82% de seus pais, orientais e ocidentais não sentem que possuem as mesmas identidades.

Quanto tempo, entretanto, levará para a Alemanha se unificar ideologicamente? Para 25% dos jovens alemães ocidentais, e só 5% dos orientais, ‘’não levará mais do que cinco outros anos'’. Apenas 12% e 4%, respectivamente, de pais concordaram com os filhos.

Muitos jovens alemães orientais vêem a Alemanha de hoje como um lugar onde seus pais têm dificuldades para encontrar um caminho. Apesar da geração mais nova praticamente não ter vivenciado a vida sob o socialismo, o compartilhar das lembranças, opiniões e histórias de seus pais naturalmente os influênciam.

Jovens pensam como seus pais

Esta talvez seja a explicação - que os comentários do Spieguel tentam manipular a favor do Oeste - para que os jovens alemães do Leste vejam a antiga Alemanha Oriental sob uma luz mais otimista do que seus compatriotas no Oeste, e vice-versa.

‘’É uma opinião [as dos jovens da Alemanha Oriental] de lentes cor-de-rosa, que vê uma Alemanha Oriental com emprego para todos, creches para todas as crianças e um sistema de bem estar social que acompanhava o cidadão do berço ao túmulo. É claro, essa geração não foi exposta aos aspectos negativos da vida sob o domínio comunista - como filas de comida e repressão da polícia'’, argumenta o Spiguel.

Porém, a pesquisa indica que o mesmo argumento de ‘’lentes cor-de-rosa'’ para desqualificar a opinião dos jovens do Leste, sobre a Alemanha Oriental, também serve aos jovens do Oeste, com relação a Alemanha Ocidental, com pelo menos um ponto de vantagem para os primeiros. Quem viveu a Alemanha comunista agora está vivendo a capitalista, enquanto que o inverso não foi possível.

Tiro no pé

Como toda manipulação não se sustenta por muito tempo, o próprio Spiguel é obrigado a admitir a realidade, um verdadeiro tiro no pé, no último parágrafo da matéria que noticiou a pesquisa neste sábado.

‘’Ainda assim, os sentimentos positivos para certos aspectos da antiga Alemanha Oriental continuam altos. Dos jovens alemães orientais entrevistados, 60% disseram que achavam ruim que nada tivesse restado das coisas que se podiam orgulhar da Alemanha Oriental'’.

Os resultados da pesquisa fazem lembrar o seriado alemão que - devido ao imenso sucesso no país - virou filme lançado em 2003, chamado Adeus, Lênin!, do diretor alemão Wolfgang Becker.

‘’Adeus, Lênin!'’

No longa, Christiane Becker (Kathrin Sa), que mora na então Alemanha comunista, é abandonada pelo marido, tendo que criar seus dois filhos, Alexander (Daniel Brühl) e Ariane (Maria Simon), sozinha.

Uma vez recuperada do trauma da separação, Christiane torna-se uma cidadã ativa e exemplar, transformando o país em um substituto de seu marido, abraçando assim, o ideal comunista.

Mas ao ver Alexander participando de uma revolta anti-socialista, ela fica gravemente doente e acaba entrando num longo coma que a faz dormir durante a queda do Muro de Berlim e a adaptação ao capitalismo de sua Alemanha Oriental.

Ela acorda do coma, mas frágil demais para se deparar com o choque das mudanças do mundo ao seu redor. Comovido, Alexander precisa forjar a vitória da ideologia do comunismo e sapatear para criar a ilusão na mãe de que nada mudou.

Socialismo vivo

Quatro anos após o lançamento do filme, que teve como pano de fundo o dilema da reunificação sob a égide capitalita com o fim da Guerra Fria, a pesquisa reafirma que o ideal comunista não morrerá tão cedo nos corações dos alemães que viveram as primeiras experiências mais duradouras do regime no mundo.

A manifestação com 50 mil pessoas pessoas em Moscou (Rússia), no último dia 7 de novembro, por ocasião das comemorações dos 90 anos da Revolução Russa, é apenas mais uma fotografia do quanto por lá esse sentimento continua extremamente vivo.

Viva a Venezuela socialista

Toda a mídia capitalista deflagrou uma imensa e intensa campanha contra o governo venezuelano, ou melhor, contra o povo venezuelano. Esse é o melhor sinal de que o socialismo por lá está a caminho e no caminho certo. No dia que a imprensa capitalista estiver satisfeita com o governo venezuelano, aí sim, a situação estará preocupante. A melhor maneira de saber se um povo está ou não a caminho do socialismo é a reação da burguesia capitalista.

A instituição das milícias populares prevista na reforma constitucional venezuelana é uma necessidade de qualquer país para a defesa da soberania de um país. Assim como a defesa de Cuba está garantida contra a invasão dos Estados Unidos ou de qualquer outro país capitalista que ouse se meter por lá graças as milícias populares, na Venezuela também as milícias populares estarão prontas a repelir qualquer intervenção estrangeira que ameace a soberania e o povo venezuelano.

Nenhum governo capitalista pode se dar ao luxo de armar constitucionalmente seu povo, sob pena de que esse povo com certeza derrubaria seu próprio governo. Já num país realmente socialista o governo não corre nenhum risco de que o povo se volte contra seu próprio governo. Em Cuba, por exemplo, o povo já teria derrubado o governo se este não governasse com justiça social. Por lá as milícias populares já vigoram desde 1960 e se quisessem teriam derrubado o presidente Fidel Castro.

Portanto, torço para que a reforma constitucional venezuelana seja aprovana no plebiscito de 02 de dezembro e que a burguesia descontente não consiga atrapalhar o desenvolvimento do socialismo por lá. A justiça social depende de muita luta para se conquistar e não podemos admitir que uma pequena parcela de gananciosos capitalistas atrapalhem essa luta.

segunda-feira, novembro 12, 2007

Venezuela está pavimentando o caminho rumo ao socialismo. Parabéns, Hugo Chaves!

A reforma constitucional venezuelana é radical e pavimenta o caminho rumo ao socialismo, modificando 33 artigos para estabelecer que:

a) o Presidente da República poderá decretar Regiões Especiais Militares, nomear autoridades e criar províncias ou cidades federais em qualquer parte do território;

b) o povo é o depositário da soberania e o exerce mediante o Poder Popular, cuja base são as Comunidades e as Comunas;

c) para que os trabalhadores tenham tempo para o desenvolvimento pessoal a jornada de trabalho se reduz a 6 horas diárias;

d) as empresas poderão ser de propriedade social, ou seja, comunal ou estatal;

e) proíbem-se os monopólios e o latifúndio;

f) a propriedade Privada é mantida, mas concorrerá com a Social exercida pelo Estado em nome da comunidade, a Coletiva que pertence a grupos sociais ou de pessoas, e a Mista combinando o poder público e outros atores;

g) o Poder Nacional, os Estados e os Municípios descentralizarão seus serviços para os conselhos municipais e as Comunas;

h) o mandato presidencial passa a ser de sete anos e permite reeleições;

i) o Banco Central será uma “pessoa de direito público sem autonomia”;

j) a Força Armada incluirá, ao lado do Exército, Marinha e Aeronáutica, a Guarda Territorial Bolivariana (atual Guarda Nacional) com funções de polícia e a Milícia Popular Bolivariana.

O Artigo 116 do “anteprojeto de Reforma Constitucional apresentado pelo Presidente da República Bolivariana da Venezuela Hugo Rafael Chávez Frias” diz, expressamente, que “o Poder Popular não nasce do voto nem de eleição alguma, e sim da condição dos grupos humanos organizados como base da população”.

O comando das forças armadas será unificado, as forças singulares perdem relevância e as milícias populares transformam-se na coluna vertebral da estrutura militar.

domingo, novembro 11, 2007

Maledicências da imprensa

A imprensa rasteira não se cansa de desinformar a população e perseverar na campanha contra o socialismo e pela perpetuação das injustiças sociais. Vejam alguns termos, frases e adjetivos malediscentes descritos no editorial da Folha de São Paulo de 10/11/07, referindo se a Hugo Chaves, presidente do povo Venezuelano.

1) "projeto autoritário"
2) "velha ladainha"
3) "agigantamento do poder presidencial"
4) "reeleição ilimitada e poder de decretar estado de exceção por tempo indeterminado, com censura à imprensa"
5) "regimes truculentos"
6) "repressão contra massas de jovens estudantes"
7) "caudilho"
8) "S.A. chavista"
9) "grupos de apoio ao presidente (Chaves) despacham pistoleiros em motocicletas para espalhar o terror nas manifestações"
10) "incitando ao ódio"
11) "lider que empurra uma nação ao desastre"

Tudo isso num texto de pouquissimas linhas e em nome e em defesa de um sistema cruel chamado capitalismo.

E ainda dizem que o socialismo é que é um sistema ruim.

sábado, novembro 03, 2007

Que moral tem a Rede Globo para criticar Hugo Chaves?

Foi com um misto de indignação e felicidade que vi o apresentador do Jornal da globo, Willian Wack noticiar a aprovação da reforma constitucional proposta por Hugo Chaves. Indignação pela dissimulação do apresentador em demonstrar pesar pela aprovação, com o claro intuito de induzir a população ao mesmo sentimento, mas feliz por ver que Hugo Chaves vai superando todas as tentativas da mídia burguesa, que nada tem de democrática, em formar a opinião pública contra a transição para o socialismo na Venezuela. O que esse péssimo apresentador não noticiou é que a democracia venezuelana vai permitir que no dia 2 de dezembro a população de a última palavra e aprove ou não a reforma votando num plebiscito popular, assim como o próprio mandato do presidente é submetido a plebiscito popular a cada dois anos. Isso é democracia e não o que temos no Brasil.

quarta-feira, outubro 31, 2007

ONU RECUSA BLOQUEIO CONTRA CUBA

Em 30 de Outubro as Nações Unidas condenaram, por 184 votos, o bloqueio mantido pelos Estados Unidos contra Cuba ao longo de quase meio século.
A resolução que pede o fim do bloqueio económico, comercial e financeiro contou com mais um voto a favor do que no ano passado (Nicarágua). Os solitários votos contra foram os dos Estados Unidos, Israel, Palau e Ilhas Marshall.

domingo, outubro 28, 2007

Lutar

Nem todas as vezes que lutamos, vencemos, mas, com certeza, todas as vezes que deixamos de lutar, perdemos.

sábado, outubro 27, 2007

O bom do blog é que ele vai se tornando uma imprensa alternativa

Imprensa alternativa, o bom do Blog

Os blogs tem se tornado uma alternativa de vóz aos que não tem vez nem vóz no sistema excludente que vivemos.

Antes da criação desse meio de expressão, os que não tem vez nem vóz nos aparatos de comunicação porta-vozes do capitalismo, não tinham como divulgar amplamente suas idéias, seus pensamentos, a não ser que adquirissem um status elevado numa determinada entidade de classe que, também, com seus tablóides, têm um alcance muito pequeno.

Hoje, as mentiras e omissões das "Rede Globos" da vida, Veja, CNN, Folha de São Paulo, Estadão e outros órgãos oficiais de comunicação, desinformação e disseminação da ideologia capitalista são imediatamente contestadas através dos blogs pessoais. Com o advento dos blogs, jamais a imprensa será a mesma.

Pode a imprensa capitalista tecer as maiores maquinações e manipulações de informação contra os movimentos populares, contra as rádios comunitárias, contra as greves, contra o governo Hugo Chaves, contra o socialismo, contra o que ela quiser, mas não o farão sem a resistência dos blogueiros militantes.

terça-feira, outubro 16, 2007

A toda ação corresponde uma reação

Resposta ao artigo de Reinaldo Azevedo "A pluralidade e a revolução dos idiotas"

Embora eu não concorde com a linha editorial da “Folha”, o que me mantém como assinante do jornal é a pluralidade de opiniões publicadas em Tendências/Debates e no Painel do Leitor, por isso atrevo-me a responder ao conteúdo do artigo de Reinaldo Azevedo (A pluralidade e a revolução dos idiotas – Tendências e Debates, de 15/10).

Primeiramente, se para o autor, quem vive na pele a exclusão social e luta com as armas enferrujadas de que dispõe contra ela é idiota, não seria também idiota quem se nega a enxergar a realidade e a lógica das coisas.

O artigo em questão, assim como toda matéria publicada na imprensa dita “oficial”, peca por abordar apenas as conseqüências dos males da sociedade ao invés de abordar suas causas. Nesse quesito o artigo do Reinaldo Azevedo extrapolou todos os limites.

É bom lembrar ao articulista da "Veja" que a existência da desigualdade social é apenas a conseqüência, cuja causa é a ideologia que ele deixou claro que defende nas linhas de seu texto.

Na concepção de Reinaldo Azevedo, sou também um dos idiotas que defendem a revolução que permita não a mera existência, mas a igualdade de oportunidades para uma existência digna de cada ser humano.

Não é surpreendente a posição do jornalista e articulista, o que surpreende é a mediocridade da argumentação de alguém que se apresenta como jornalista. Nesse quesito o Ferréz dá de dez a zero na mediocridade jornalística do articulista da “Veja”.

O mal de todos que defendem o atual sistema de valores que permite a mera existência das pessoas é não se importar com a qualidade dessa existência e achar que a solução está na eficiência da repressão policial para calar a boca do seu principal produto - os excluídos.

Mal sabem que não há repressão que consiga conter uma lei da física: "A toda ação corresponde uma reação".

Maldosamente, Reinaldo Azevedo diz em seu texto que o bairro do Capão Redondo é produto do Ferréz. Saiba o articulista que o bairro do Capão Redondo não é um produto do Ferréz, mas sim do sistema de valores que o próprio articulista defende, que produz também jornalistas cínicos, políticos corruptos e uma elite parasita e reacionária.

quinta-feira, setembro 13, 2007

Achei forte essa frase e publiquei

"Somos tão grandes quanto o inimigo que escolhemos para lutar e tão pequenos quanto for o medo que tivermos" - subcomandante Marcos

segunda-feira, julho 09, 2007

Política é para o povo, sim!

A mentalidade oficial sugere, pela voz dos meios de comunicação de massa, que o povo não deve fazer política e que, fazer política é só para os políticos. A disseminação dessa falsa mentalidade só interessa a quem tem o poder nas mãos, mas não quer dividi-lo com o povo; a quem está por cima no sistema capitalista e assim quer continuar sem que seja incomodado pelo enorme contingente de desfavorecidos dessa sociedade injusta. Injusta, por ser capitalista.

Da mesma forma, a mentalidade oficial sugere, por meio dos mesmos veículos de comunicação de massa, que vivemos numa democracia, quando, na realidade, vivemos uma ditadura dos ricos contra os pobres, ou seja, de uma minoria que detém o poder estatal, econômico e de comunicação de massa contra uma maioria que tem apenas e tão somente sua força de trabalho para vender aos ditadores ao preço que eles decidirem pagar. Portanto, essa falsa mentalidade de que vivemos numa sociedade democrática também só interessa aos que tem o poder nas mãos.

Disseminam também que todos somos iguais perante a lei; mas, aí eu pergunto: quem faz as leis? E, eu mesmo respondo: são os mesmos que usam o poder que tem para dar tudo aos amigos e “o rigor da lei” para os outros.

Ameaçam, aterrorizam, intimidam, punem, reprimem as atividades políticas do povo. Disseminam que as únicas atividades políticas possíveis para o povo são, protestar pacificamente e votar, como se apenas nisso se resumisse a democracia, pois sabem que protestos pacíficos e voto não ameaçam a ordem social imposta que sustenta sua ditadura sobre os despossuidos.

Mas, todo esse estado de coisas só é possível porque o enorme contingente de desfavorecidos, sem teto, sem terra, sem escolas, sem saúde, sem justiça, sem política tomam por verdades essas falsas mentalidades oficiais de que o povo não deve participar da política; de que, política é coisa para políticos e ao povo cabe apenas resignar-se; de que os trabalhadores não devem fazer greves, os estudantes não devem ocupar reitorias, e de que os excluídos não devem ocupar terras.

Mortos estão os que acreditam ser possível estar vivos e não fazer política. Quem se cala diante da barbárie capitalista e de suas tantas falsas mentalidades oficiais disseminadas, já está a fazer política, porém é a política do opressor que fazem ao se calarem. Muitos vão além, não se calam, mas tudo que falam é para criticar ou tentar desmotivar os que lutam por todos os oprimidos contra as falsas mentalidades oficiais, ou seja, fazem política ativa contra si mesmos e contra a humanidade.

Pois bem. No exercito de desfavorecidos mudos e distantes da política que a mentalidade oficial sugere, pela voz da imprensa capitalista, muitos preferem permanecer no conforto que suas posições lhes proporcionam; são os que não se solidarizam com colegas que optam por passar da resignação à indignação e da indignação à ação; são os que ainda não perceberam que é impossível estar vivos e não fazer política e que a omissão é, sim, uma atitude política, mas conveniente apenas para quem tem o poder nas mãos; são os que querem tapar o sol com a peneira, fingem não notar as enormes injustiças de um sistema que incita o “ter” mas não permite que todos “tenham”, são aqueles que perderam a capacidade de se indignar com os desmandos dos poderosos que usam o estado para dar tudo aos amigos e “a lei” para os outros.

sexta-feira, julho 06, 2007

Laudos trazem indícios de tortura

Perícia realizada pelo IML aponta que ao menos dez dos 19 mortos em operação policial no Rio tinham ferimentos e escoriações

Vítimas receberam 78 tiros no total, 32 deles disparados por trás, o que representa 41,02%; adolescente de 15 anos levou nove disparos
SERGIO TORRESDA SUCURSAL DO RIO

Ferimentos ensangüentados, escoriações e manchas arroxeadas estavam espalhadas pelos corpos de pelo menos dez das 19 vítimas de supostos confrontos entre policiais e traficantes ocorridos no complexo de favelas do Alemão, na zona norte carioca, no dia 27.A informação consta dos laudos cadavéricos produzidos pelo IML (Instituto Médico Legal) e que a Secretaria Estadual de Segurança Pública tem procurado manter em segredo.Para a Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), as marcas são mais um indício de que, durante a operação, os policiais podem ter espancado e torturado suspeitos, como acusam parentes e moradores do local.O presidente da comissão, João Tancredo, após analisar os laudos, disse que "já se vislumbra" a hipótese de algumas das vítimas terem sido mortas depois de rendidas. "Estou comparando os laudos com o que dizem os moradores. O prudente é verificarmos o que aconteceu com uma perícia independente, mas já se vislumbra a hipótese de execução."Segundo os laudos, 13 das 19 vítimas receberam tiros por trás. Sete foram baleadas nas costas; duas, no pescoço; uma, na cabeça; uma, na panturrilha esquerda; uma, no braço esquerdo; e uma, no punho esquerdo. A perícia não indica a distância percorrida pelas balas antes de atingir o corpo nem os calibres das armas usadas pelos policiais. Mas, em cinco casos, apontam a presença de pólvora nas bordas dos ferimentos de entrada da bala, o que indicaria proximidade entre quem atirou e quem foi baleado.Dos casos de ferimentos externos não causados por armas de fogo e relacionados nos laudos corporais, o que mais chama a atenção é o de David Souza de Lima, 14. No antebraço esquerdo dele, segundo a perícia, constatou-se a existência de "uma extensa ferida irregular". A profundidade do ferimento deixa à mostra os ossos e a musculatura.Lima foi baleado nas costas quatro vezes. Desde o dia da operação, moradores e parentes dizem que o menino foi esfaqueado antes de morrer. O ferimento no braço dele pode ter sido causado por facadas ou outro objeto perfurocortante.A perícia mostra ainda que as 19 vítimas foram mortas com um total de 78 tiros, sendo 32 deles disparados por trás, o que representa 41,02%. O adolescente Pablo Alves da Silva, 15, recebeu nove disparos, sendo quatro nas costas, dois na cabeça, um no pescoço, um no tórax e no braço direito.As vítimas em que havia ferimentos externos, além de Lima, são Bruno Rodrigues Alves, Cléber Mendes, Geraldo Batista Ribeiro, Marcelo Luiz Madeira, Bruno Vianna Alcântara, Uanderson Ferreira, Emerson Goulart, Jairo César Caetano e Rafael Bernardino da Silva.

terça-feira, junho 12, 2007

A quem e por que interessa sabotar a verdade dos fatos?

REESTABELECENDO A VERDADE - DESMENTINDO A ELITE REACIONÁRIA
Por: Mauro Rodrigues de Aguiar

Por mais ingênua que seja uma pessoa, não há a menor possibilidade de não perceber o exagero e a tendenciosidade do noticiário e das mensagens subliminares (maliciosas) embutidas nas entrelinhas dos jornais e até nas novelas da televisão que “invadem” nossas casas todos os dias a respeito da não renovação da concessão hertziana à RCTV na Venezuela, numa clara campanha golpista de uma MINORIA, mas, rica e poderosa parcela da população venezuelana, inconformada em perder os privilégios que sempre tiveram com os governos anteriores, contra o presidente da Venezuela Hugo Chaves, só porque ele faz um governo favorável à maioria da população que sempre foi explorada naquele país.

Primeiramente, nenhum país e nenhum meio de comunicação tem o direito de intervir em decisões que dizem respeito à soberania de outro país.

Em segundo lugar, nenhum meio de comunicação de massa tem o direito de insuflar a população de seu próprio país ou de outros países a apoiar golpes de estado contra governos eleitos democraticamente.

Em terceiro lugar, nenhuma concessão governamental à iniciativa privada deve ter caráter perpétuo e, a meu ver, toda concessão deve prever sua revogação a qualquer momento. Notem que, na Venezuela a lei só permite a renovação ou não de uma concessão dos sinais hertezianos na data de encerramento da concessão; foi o que aconteceu com a RCTV. No Brasil essa concessão pode ser revogada a qualquer momento e sem comunicação prévia como foi feito na Venezuela. Ou seja, a Venezuela é mais democrática do que o Brasil.

Em quarto lugar, o famigerado “Direito de Expressão ou de Imprensa” não pode suplantar o direito da população a uma informação imparcial e de qualidade.

Em sexto lugar, quem menos pode falar que o governo venezuelano é antidemocrático são os meios de comunicação de massa que hoje detém noventa e nove por cento das concessões operadas pela iniciativa privada naquele país, sobrando apenas um por cento para o governo. Se há falta de democracia é no excesso de concessões à iniciativa privada, principalmente em se tratando de meios de formação de opinião que acabam adquirindo um superpoder capaz de “teleguiar pessoas”, destruir culturas e desestabilizar governos.

O encerramento da RCTV terá atingido objetivos além do que se esperava se toda a polêmica gerada no mundo todo levar à criação de leis menos condescendentes do que as atuais com empresas de comunicação de massa que utilizam com má fé os sinais hertezianos que lhe são concedidos como direito de uso. Mais uma vez, a Venezuela contribui imensamente ao se colocar como modelo e exemplo para um mundo melhor no futuro.

sábado, junho 02, 2007

Liberdade de imprensa ou ditadura da imprensa?

Vejo, estarrecido, a completa inversão de valores que a sociedade vive em nossos dias, causada em grande medida pela ditadura dos meios de comunicação de massa, deformadores e não formadores de opinião. Quando alguém como Hugo Chaves tem a coragem que a maioria dos presidentes não tem, de cumprir com sua obrigação de chefe de estado de enfrentar o poderio dos grandes aparatos de comunicação de massa no sentido de preservar a liberdade de pensamento da população de seu país, vê-se atacado por todo o aparato de comunicação mundial e seus puxa-sacos instalados em todas as instâncias dos governos de seus respectivos países. Se for para defender o direito de imprensa ou de expressão, que se discuta profundamente em todos os seus aspectos. Aos menos avisados basta se perguntar que interesses defendem todos os meios de comunicação que hoje se prestam a apenas atacar a decisão legítima de Hugo Chaves de não renovar a concessão à criminosa RCTV ou a qualquer outra concessionária de serviço público que não cumprem com suas obrigações previstas nos contratos de concessão. Não há o mínimo resquício de ditadura nos atos do governo venezuelano.
Ditadura é uma minoria mandar na maioria, ditadura é o meio de comunicação de massa, com todo seu poder de manipular informação determinar o que a maioria deve pensar, deve vestir, deve querer, deve usar, deve comer, deve beber, em quem deve votar. Ditadura é o meio de comunicação de massa exercer todo esse poder capaz de convencer a massa do contrário do que ele realmente defende, é usar todo esse poder para perpetuar-se no poder, isso é ditadura, isso sim fere a liberdade de imprensa, a liberdade de expressão, a liberdade de escolha, fere todos os princípios dos direitos humanos. Ditadura é essa minoria usar esse estrondoso poder para determinar o que a maioria deve ou não saber, as versões dos fatos que a população deve ou não receber. Ditadura é distorcer e omitir informações que são cruciais a formação imparcial da opinião pública. Ditatorial é o ato inconstitucional, é usar com má fé a concessão de um serviço público para envenenar as mentes, é transmitir à população apenas um lado da história, é não mostrar também os motivos, mas apenas as causas dos fatos, é emburrecer e embrutecer propositalmente a população, é usar todo seu poder de persuasão sobre a população para que ela defenda propostas contra elas mesmas para dar uma falsa idéia de vontade popular, é fazer da população massa de manobra para dar golpes de estado e reinstalar governos verdadeiramente ditatoriais que favoreçam apenas a interesses mesquinhos de uma minoria, abastada, gananciosa, pretensiosa e egoísta da sociedade. Diante de tanta informação distorcida, diante de tanta inverdade, diante de tanta manipulação da opinião pública, diante de tantas tentativas de inverter valores morais e ideológicos, não só a RCTV, mas também a Rede Globo no Brasil e qualquer outra concessionária de serviço público deveria ser intimada pelos governos a cumprir com suas obrigações morais e constitucionais sob pena de lhes serem retiradas as concessões e substituídas por quem respeite a maioria é não uma minoria de abastados preocupados apenas em manter seus privilégios e sua ditadura sobre a maioria mais pobre da população. Vale divulgar aqui as informações que são essenciais para uma formação imparcial da opinião pública, mas que, a nossa antidemocrática imprensa, por má fé contra a maioria das populações não divulga sobre o fato histórico do momento: a não renovação da concessão determinada pelo Supremo Tribunal de Justiça da Venezuela à RCTV, principal rede nacional de televisão privada daquele país: A justiça da Venezuela já em 2002 tinha todas as razões legais do mundo para revogar a concessão da RCTV quando essa TV participou ativamente no Golpe de Estado que destituiu pela força o presidente Hugo Chaves que foi eleito em 1997, reeleito em 2002, referendado pela maioria do povo venezuelano em 2004 e novamente reeleito em 2007. Vale informar também que no golpe de estado de 2002, as forças golpistas, financiadas pela CIA, cortaram o sinal da TV estatal e empossaram um presidente cujo primeiro ato foi revogar todos os direitos constitucionais da população pobre que antes de Hugo Chaves não haviam e que a restituição de Hugo Chaves ao poder após dois dias seqüestrado pelos golpistas, só aconteceu porque militares leais a ele o resgataram após grande pressão popular em que treze pessoas foram assassinadas pelas forças golpistas. Com o corte do sinal da TV estatal a população só soube o que estava acontecendo por noticiários de TVs estrangeiras, captados por TV a cabo. Vale informar também que o dossiê de denúncias por parte da população por irregularidades na programação da RCTV é enorme e vem desde a sua primeira concessão.

sábado, maio 19, 2007

TODO APOIO À OCUPAÇÃO DA REITORIA DA USP

Numa sociedade carcomida pela hipocrisia dos incautos e dos políticos carreiristas faz-se necessário ações ousadas como a dos estudantes que ocupam a reitoria da Universidade de São Paulo.

É muito bom saber que ainda temos pessoas que usam a massa cinzenta e valorizam o sangue que lhes corre na veia, que não se acovardam quando se trata de defender a sociedade contra os descalabros do poderoso estado capitalista que nos ataca por todos os meios, seja pela corrupção, seja pelos projetos de lei neoliberais esdrúxulos que nos tentam impor e que só podem levar a nossa sociedade cada vez mais por um caminho sem volta rumo à degradação completa do ser humano e do planeta.

Por isso é valorosa a luta dos estudantes da USP, assim como dos funcionários que estão em greve e de todos aqueles que acreditam e lutam brava e incansavelmente em defesa dos direitos da maioria, independentemente de quais sejam os CARCEREIROS (governantes) de plantão.

SAUDAÇÕES CONLUTAS

Oposição Bancária de Mogi das Cruzes e Região

Mogi das Cruzes, 19/05/2007

sexta-feira, março 09, 2007

A nobre origem do dia internacional da mulher

Foi no bojo das manifestações pela redução da jornada de trabalho que 129 tecelãs da Fábrica de Tecidos Cotton, em Nova Iorque, cruzaram os braços e paralisaram os trabalhos pelo direito a uma jornada de 10 horas, na primeira greve norte-americana conduzida unicamente por mulheres. Violentamente reprimidas pela polícia, as operárias, acuadas, refugiaram-se nas dependências da fábrica. No dia 8 de março de 1857, os patrões e a polícia trancaram as portas da fábrica e atearam fogo. Asfixiadas, dentro de um local em chamas, as tecelãs morreram carbonizadas.
Durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada em 1910 na Dinamarca, a famosa ativista pelos direitos femininos, Clara Zetkin, propôs que o 8 de março fosse declarado como o Dia Internacional da Mulher, homenageando as tecelãs de Nova Iorque. Em 1911, mais de um milhão de mulheres se manifestaram na Europa. A partir daí, essa data começou a ser comemorada no mundo inteiro.
Texto extraído de "8 de março, Dia Internacional da Mulher – Uma data e muitas histórias", de Carmen Lucia Evangelho Lopes.. CEDIM-SP/Centro de Memória Sindical.

domingo, fevereiro 18, 2007

Acusados de trabalho escravo financiaram 16 políticos

Empresas autuadas doaram R$ 550 mil nas últimas eleições. Entre os
beneficiários, dois governadores, cinco deputados federais e três senadores*
Tarciso Nascimento Empresas autuadas pelo Ministério do Trabalho por manter trabalhadores em condições análogas à de escravo ou como co-responsáveis por esse tipo de
exploração contribuíram com R$ 550 mil para a campanha de 16 políticos nas
últimas eleições. Encabeçam a lista dos beneficiados dois governadores,
cinco deputados federais e três senadores. Também receberam doações outros
cinco candidatos que fracassaram nas urnas.
É considerada condição análoga à escravidão a situação em que o empregador
não paga o salário do trabalhador e ainda retém a carteira de trabalho do
empregado. Desde 1995, 21.538 pessoas foram resgatadas nessas condições em
todo o país. Só no ano passado, 3.266 brasileiros mantidos em trabalho
escravo foram libertados, segundo o Ministério do Trabalho.
Sergipe, Marcelo Deda (PT), da governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT), e
dos deputados federais reeleitos Eunício de Oliveira (PMDB-CE), Olavo
Calheiros (PMDB-AL) e Abelardo Lupion (PFL-PR) e dos novatos Giovanni
Queiroz (PDT-PA) e Dagoberto Nogueira Filho (PDT-MS). Também foram
financiados o senador reeleito José Sarney (PMDB-AP) e os senadores José
Maranhão (PMDB-PB) e Garibaldi Alves (PMDB-RN), que disputaram sem sucesso a
eleição para governador. Os dois, no entanto, ainda têm mais quatro anos de
mandato.
O levantamento realizado pelo *Congresso em Foco* cruzou informações do
Ministério do Trabalho com as prestações de contas dos candidatos no
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Juntas, a Siderúrgica do Maranhão
(Simasa); a Siderúrgica Gusa Nordeste; a Agropecuária Mirandópolis; a
Pinesso Agropecuarista e a Jorge Mutran Exportações e Importações doaram R$
262 mil aos parlamentares eleitos. Já a Viena Siderúrgica S/A contribuiu com
R$ 50 mil para dois candidatos que não se elegeram (veja a
relação).

segunda-feira, fevereiro 12, 2007

Socialismo ou Barbárie

Socialismo ou Barbárie:
Sobre a violência generalizada na sociedade


Creio que todos os meus colegas de trabalho saibam que defendo o Socialismo como sistema ideal de governo. Provado está que o Capitalismo, sistema hegemônico hoje no mundo, como sistema de governo em quase todos os países, não atende as necessidades humanas mais básicas das populações, muito pelo contrário: aprofunda a humanidade cada vez mais no caos das guerras, da fome, da miséria completa para mais de um terço da população mundial, além de não se impor limites na degradação da natureza mesmo sabendo que a própria natureza tem seus limites. Tudo em nome da acumulação de Capital e concentração de riqueza para uma ínfima minoria da população mundial, como foi comprovado numa recente pesquisa que mostrou que apenas 2% da população mundial concentra 95% da riqueza produzida. Assim como a natureza tem seus limites, a população humana também tem seus limites de esgotamento da paciência e isso fica expresso na violência cega, generalizada e sem ideologia que vemos todos os dias. Todos os dias somos testados em nossa paciência e indignação quando vemos no noticiário a escalada da violência entre os próprios integrantes das camadas exploradas da população que chega às raias da barbárie completa. Marcou demais nessa semana a crueldade de bandidos que para assaltar uma família no Rio de Janeiro, arrastaram um garoto de apenas seis anos de idade por sete quilômetros, preso ao cinto de segurança do carro. Este inominável caso de violência extrema é bastante simbólico e mostra claramente a urgência em se repensar as relações humanas, a educação, a distribuição da riqueza, a necessidade de se dar condições de vida digna a todos para que fatos como esse não voltem a acontecer. O grau da atrocidade cometida neste caso precisa nos levar a questionar como um todo o sistema social capitalista em que vivemos, a causa, e não apenas os seus efeitos. Uma coisa é certa, discutir apenas a reformulação das leis penais, a instituição da pena de morte, a redução da maioridade penal, aumento da repressão à criminalidade, etc. são insuficientes e não levarão a reduzir a escalada da violência porque ela é, por mais trágica que seja, parte do quebra cabeças do sistema capitalista. Infelizmente, as forças de segurança do estado capitalista jamais serão suficientes para reduzir ou mesmo frear a escalada da violência cega e generalizada que faz de todos nós hoje vítimas e culpados ao mesmo tempo.

sexta-feira, janeiro 12, 2007

A traição declarada

Bufão aos 60 anos
por CECAC [*]

"Se você conhecer uma pessoa idosa esquerdista é porque está com problema. Se acontecer de conhecer alguém muito novo de direita é porque também está com problema".
"Eu agora sou amigo do Delfim Netto (...) Porque eu acho que é a evolução da espécie humana (...)".
"O Brasil tem uma história diferente de outros países. Mesmo a ditadura no Brasil não foi violenta como foi no Chile e em outros países".
Declarações do sr. Luís Inácio da Silva (Lula)

As recentes declarações de Lula – no evento em que foi homenageado como "Brasileiro do ano" da revista Isto É e sobre a ditadura militar – são uma expressão do posicionamento ideológico/político/econômico do governo Lula/PT em defesa dos interesses de classe do imperialismo e das classes dominantes brasileiras a ele associadas.

Posicionamento a serviço da reestruturação da formação econômico-social que vai colocando como setor "dinâmico" da economia brasileira a produção para a exportação de commodities e produtos manufaturados, na sua grande maioria montagem, e controlados pelo capital estrangeiro [1] , e também estabelecendo uma máquina de valorização do grande capital, na esfera financeira, especulativa. Por isso a euforia, o clima descontraído, as palmas e gargalhadas durante o discurso de Lula no evento da Isto É para centenas de empresários, pesos-pesados da economia brasileira.

Ao afirmar que a "evolução da espécie humana" caminha para posições de centro, na verdade, Lula expressa essa sua posição que nada tem de centro e é, objetivamente, de direita, de defesa dos interesses do imperialismo e das classes dominantes brasileiras, principalmente das suas frações mais retrógradas, mais subordinadas ao sistema imperialista.

Quanto às declarações de Lula sobre a ditadura militar, se enquadram nesse posicionamento de direita, também na política. É impossível, do ponto de vista do marxismo, não haver um nível de correspondência entre a economia e a política. Ao defender os interesses do grande capital internacional e nacional, Lula, o seu governo, o PT e partidos aliados, vão assumindo posições no campo político de aproximação, de relativizar e "aliviar" a ditadura militar brasileira, período de violenta repressão política, com prisões, tortura e execução de opositores ao regime.

Lula ao implementar uma política econômico-social que aprofunda Collor e FHC, que intensifica a exploração, que gera arrocho salarial, desemprego e o desmonte dos chamados setores sociais do Estado, como saúde e educação públicas, seu posicionamento nas questões democráticas aponta para uma tendência à violência, à repressão contra o povo.

Se hoje não existe uma repressão aberta, evidente, é porque Lula como presidente atua como bombeiro da luta de classes, tentando conter as mobilizações e lutas do povo contra a exploração e a opressão e, assim sendo, atende melhor aos interesses do imperialismo e das classes dominantes brasileiras. Sua origem operária, sua trajetória sindical e a aplicação de forma eleitoreira das políticas assistencialistas receitadas pelo imperialismo, pelo Banco Mundial, como o bolsa-família, o credenciam para esse papel.

Ao abafar, ao tentar (e num certo nível conseguir) contornar a resistência do proletariado e dos explorados, diminui a necessidade de repressão aberta. Desta forma, amortece a luta popular, aposta na desmobilização, abre caminho para o ataque a direitos duramente conquistados pelos trabalhadores. Assim, a posição de Lula sobre o abjeto período da ditadura militar, e suas novas amizades, como Delfim Neto, czar da economia naquele período, não surpreendem.

[1] Gazeta Mercantil, 13/09/06, Grandes empresas concentram 90% das exportações.

[*] Centro Cultural Antônio Carlos Carvalho, no Rio de Janeiro.

O original encontra-se em http://www.cecac.org.br/MATERIAS/Lula_60_cabelos_brancos.htm


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Lula sessentão: o monarca é o Bobo da Corte
por Jorge Almeida
Depois de vencer as eleições atacando verbal e genericamente "as elites", a atividade preferida de Lula da Silva agora é exatamente divertir estas mesmas "elites". É a única conclusão que se pode chegar, diante das suas mais recentes declarações em eventos na presença de grandes empresários do agronegócio, industriais, banqueiros, governadores, políticos históricos da ditadura militar, ex-ministros e socialites.

A platéia gargalhou (literalmente), por exemplo, quando ele disse que posições de esquerda são coisas de menino imaturo e que a "evolução da espécie humana" caminha para posições de centro. Falou isto diante de uma Corte de convidados da revista Istoé. Eram umas 900 pessoas, reunidas num hotel de luxo: banqueiros, empresários, deputados, senadores, socialites, ex-ministros, artistas, esportistas. De grande homenageado da noite, ganhador do prêmio de "Brasileiro do ano", dado exatamente pela revista envolvida com o caso do Dossiê Vedoim, Lula se transformou em Bobo da Corte: a alegria "dazelites".

Elogiou enfaticamente o czar da economia, do arrocho e da concentração de riquezas da ditadura militar: "Eu agora sou amigo do Delfim Netto (...) Porque eu acho que é a evolução da espécie humana, quem é mais de direita vai ficando mais de esquerda, quem é mais de esquerda vai ficando social-democrata e as coisas vão fluindo de acordo com a quantidade de cabelos brancos que você vai tendo e de acordo com a responsabilidade que você tem. Não tem outro jeito, se você conhecer uma pessoa muito idosa esquerdista, é porque ela tem problemas (...). Então, quando a gente está com 60 anos, doutor Ermírio, é a idade do ponto de equilíbrio em que a gente não é nem um nem outro. A gente se transforma no caminho do meio, aquele caminho que precisa ser seguido pela sociedade". Ou seja, além do bufão se dizer de centro e aplicar políticas da direita, deixa claro que este deve ser "o caminho da sociedade".

Lula da Silva estava bem acompanhado dos seus novos amigos: o industrial e banqueiro Antonio Ermírio de Moraes (Votorantin), o banqueiro Lázaro Brandão (Bradesco), o governador de São Paulo Cláudio Lembo (PFL), o prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PFL), o ex-presidente José Sarney (PMDB), entre tantos outros.

Um bom comediante da Corte sabe interpretar vários personagens. Desta vez, como vimos, Lula da Silva cumpriu o papel de cientista político, com tese de doutorado sobre "o papel dos cabelos brancos na direitização etária irreversível da espécie humana". Em seguida, cumpriu o papel de psicanalista e acrescentou que idosos que continuam com idéias de esquerda são desajustados cheios "de problemas". A Corte, formada pela grande burguesia lotada no Brasil, se divertia, gargalhando pra valer.

Mas no meio do discurso, o histrião da corte do capital, tirou as fantasias de cientista político e psicanalista e vestiu a de capitão do mato. E voltou a culpar indígenas e quilombolas, responsabilizando-os pelos entraves no crescimento econômico do Brasil. Disse que "Até chegar à primeira instância do Poder Judiciário, demora sete anos. Até chegar ao Supremo, 16 anos. Não adianta querer trazer para cá uma fábrica de papel e celulose porque a legislação diz que tal área é dos índios. Aí no dia seguinte tem mais terra para os índios e no dia seguinte tem mais terra para os quilombolas. Ou nós estabelecemos um marco jurídico que resolva isso definitivamente, ou ninguém vai acreditar que os nossos projetos podem dar certo neste país" – declarou o animador da noite.

A alegria foi geral e incontida na platéia. Claro! É a música que embala os ouvidos do grande capital. Sim, porque o que não falta são marcos jurídicos sobre a questão dos territórios indígenas e quilombolas. O que Lula está falando mesmo é em mudar estes marcos. É em contra-reformas, inclusive constitucionais, para tirar direitos de indígenas e quilombolas.

Por outro lado, esta nova declaração agressiva contra indígenas e quilombolas, mostra que a fala de Lula da Silva no mês passado, com o mesmo sentido, não foi por acaso nem um simples erro, falha ou destempero passageiro.

No dia 21 de novembro, falando oficialmente na inauguração de uma usina de biodiesel (Mato Grosso), o truão dos fazendeiros disse que pretendia retirar todos os "entraves que eu tenho com o meio ambiente, todos os entraves com o Ministério Público, todos os entraves com a questão dos quilombolas, com a questão dos índios brasileiros, todos os entraves que a gente tem no Tribunal de Contas" ... para fazer o Brasil "crescer". Neste dia, a platéia era a Corte de produtores de soja, os reis do agronegócio do estado do desmatamento grosso, governado por um outro dos seus novos amigos, Blairo Maggi, ali presente. Na ocasião, o Ministério do Meio Ambiente tentou minimizar as declarações, dizendo que ele estava falando de questões pontuais.

Mas logo depois, numa reunião com os governadores de estado, o bufão, falando sobre o mesmo assunto, disse que era preciso "destravar todos os penduricalhos que atrapalham a agilidade de quem é prefeito, de quem é governador e de quem é presidente". Para Lula da Silva, direitos de quilombolas e indígenas não passam de "penduricalhos".

É neste quadro que se situa uma outra reunião, esta de caráter fechado, da qual o Bobo da Corte participou no dia seguinte ao evento da IstoÉ. Esta foi convocada pela FIESP e pelo IEDI (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo e Instituto para Estudos do Desenvolvimento Industrial), dois pesos pesados da burguesia situada em terras brasílicas.

Estas organizações prepararam uma análise da situação econômica nacional (consensualmente muito preocupante) para apresentar ao dublê de monarca e animador de platéias "dazelites".

Na reunião (dia 12/12) estavam os ex-ministros Delfim Netto, João Sayad e Luiz Carlos Bresser-Pereira, José Cecchin, Sérgio Amaral e Martus Tavares e especialistas em contas públicas, economistas e jornalistas como Everardo Maciel, Raul Velloso e Maria Helena Zoccun, Yoshiaki Nakano, Luis Nacif, Paulo Francini, Ivoncy Iochpe e José Ricardo Roriz Coelho.

Neste caso, não houve só diversão, mas também alguma divisão entre os que "primeiro querem fazer o ajuste para depois crescer" e os "que querem crescer para fazer o ajuste depois". Por ajuste, entenda-se cortar mais um pouco daquilo que o Bobo da Corte chama de "penduricalhos": direitos previdenciários e trabalhistas, sobre o que tanto a Corte como seu animador concordam alegremente que devem ter "novos marcos jurídicos". Delfim Netto, que lá estava, como se sabe é forte defensor não somente dos ajustes e novos marcos, como também do chamado "déficit nominal zero", ou seja, tudo para pagar mais aos banqueiros já.

Durante a premiação da Istoé, as declarações de Lula da Silva sobre a economia foram no sentido da manutenção da política macro-econômica e foi interpretada como sendo de apoio à continuidade de Henrique Meirelles à frente do Banco Central. Aliás, na mesma noite este também ganhou o prêmio de "personalidade econômica do ano".

Outro premiado, como "revelação política do ano", foi o governador eleito da Bahia Jacques Wagner (PT), que, não por acaso, teve, entre seus principais financiadores de campanha, empresas de eucalipto e celulose (Aracruz Celulose e Veracel) e grandes construtoras interessadas na obra faraônica da Transposição do Rio São Francisco.

Finalmente, enquanto a Corte e o seu bufão se divertem e a morte do General Pinochet é festejada no Chile e seu neto é expulso do exército chileno, novos cadetes brasileiros homenageiam o sanguinário ditador brasileiro Garrastazu Médici (sim, o chefe de Delfim Netto). E o PT se alia à oposição de direita para privatizar o IRB [Instituto de Resseguros do Brasil], diminuir o reajuste de salários dos aposentados e tirar "pinduricalhos" direitos dos trabalhadores na nova lei do chamado Super-Simples.

O original encontra-se em http://www.acaopopularsocialista.org.br/artigos/214.htm

Estes artigos encontram-se em http://resistir.info/ .

terça-feira, janeiro 09, 2007

Mitos e verdades sobre ateísmo

Sam Harris*

O termo “ateísmo” tornou-se tão estigmatizado nos EUA que ser ateu virou um total impedimento para uma carreira política, por exemplo. Segundo pesquisa da revista Newsweek, apenas 37% dos americanos votariam num ateu para presidente. É normal nos EUA, onde 87% da população diz “nunca duvidar” da existência de Deus e imagina que ateus são intolerantes, imorais e cegos para a beleza da natureza. Em vista disso, é importante derrubar mitos. Este artigo foi publicado originalmente no jornal Los Angeles Times.

IGNORÂNCIA DOS BENEFÍCIOS
Diz-se que os ateus ignoram o fato de que a religião é benéfica para a sociedade. Os que sublinham isso parecem nunca perceber que tais efeitos não conseguem demonstrar a verdade de nenhuma doutrina religiosa. Além disso, na maioria dos casos, parece que a religião dá às pessoas más razões para se comportar bem. O que é mais moral: ajudar os pobres por se preocupar com seu sofrimento ou ajudá-los por acreditar que o Criador quer que você o faça e o recompensará por fazê-lo ou o punirá por não fazê-lo?

SEM BASE MORAL
Alegam que o ateísmo não oferece base para a moralidade. Se uma pessoa ainda não entendeu que a crueldade é errada, não descobrirá isso lendo a Bíblia ou o Alcorão - já que esses livros transbordam de celebrações da crueldade, tanto humana quanto divina. Não tiramos nossa moralidade da religião. Decidimos o que é bom recorrendo a intuições morais embutidas em nós e refinadas por milhares de anos de reflexão sobre as causas e possibilidades da felicidade humana.

NÃO VÊEM SENTIDO NA VIDA
Pelo contrário: são os religiosos que se preocupam freqüentemente com a falta de sentido da vida e imaginam que ela só pode ser redimida pela promessa da felicidade eterna no além. Os ateus tendem a ser bastante seguros quanto ao valor da vida. A vida é imbuída de sentido ao ser vivida de modo real e completo. Nossas relações com aqueles que amamos têm sentido agora; não precisam durar para sempre para tê-lo.

CULPADOS POR CRIMES
As pessoas de fé alegam com freqüência que crimes de Hitler, Stalin e Mao foram produto inevitável da descrença. Mas o problema do fascismo e do comunismo é que são parecidos demais com religiões. Regimes assim são dogmáticos ao extremo e originam cultos à personalidade indistinguíveis da adoração religiosa. Campos de extermínio não são exemplos do que acontece quando os seres humanos rejeitam o dogma religioso; são exemplos do dogma político, racial e nacionalista.

ARROGÂNCIA
Quando os cientistas não sabem alguma coisa, eles admitem. Na ciência, fingir saber o que não se sabe é falha grave. Mas isso é o sangue vital da religião. Uma das ironias do discurso religioso é a freqüência com que as pessoas de fé se vangloriam de sua humildade e, ao mesmo tempo, alegam saber fatos sobre cosmologia, química e biologia que nenhum cientista conhece. Quando consideram questões sobre a natureza do cosmos, ateus tendem a buscar suas opiniões na ciência. Isso não é arrogância. É honestidade intelectual.

PAPEL NA CIÊNCIA
Há quem diga que o ateísmo não tem ligação com a ciência. Embora seja possível ser um cientista e ainda acreditar em Deus, não há dúvida de que um envolvimento com o pensamento científico tende a corroer, e não a sustentar, a fé. Tomando a população dos EUA como exemplo: quase 90% do público em geral acredita num Deus pessoal; mas 93% dos membros da Academia Nacional de Ciências não acreditam.

FECHADOS À ESPIRITUALIDADE
Nada impede os ateus de experimentarem o amor, o êxtase, o arrebatamento e o temor. O que eles não tendem a fazer são afirmações injustificadas sobre a natureza da realidade com base nessas experiências. Não há dúvida de que alguns cristãos mudaram suas vidas para melhor lendo a Bíblia e rezando. O que isso prova? Prova que certas regras e códigos de conduta podem exercer um efeito profundo sobre a mente humana. Tais experiências positivas dos cristãos sugerem a existência de Deus? Nem remotamente, uma vez que hindus, budistas, muçulmanos - e até mesmo ateus - vivenciam experiências similares.

NADA ALÉM DA VIDA
Dizem que, para os ateus, não há nada além da vida e do entendimento humano. Mas é óbvio que não entendemos o universo completamente; e é ainda mais óbvio que nem a Bíblia nem o Alcorão refletem nosso melhor entendimento do universo. Não sabemos se há vida complexa em outro lugar do cosmos, mas pode haver. Se houver, esses seres podem ter desenvolvido uma compreensão das leis da natureza que excede a nossa. Os ateus podem considerar essas possibilidades e admitir que, se existem extraterrestres, os conteúdos da Bíblia e do Alcorão serão para eles pouco impressionantes. Do ponto de vista ateísta, as religiões do mundo banalizam a verdadeira beleza e a verdadeira imensidão do universo. Não é preciso aceitar nada com base em provas insuficientes para fazer tal observação.

DOGMATISMO ATEÍSTA
Religiosos afirmam que suas escrituras só poderiam ter sido registradas sob orientação de uma divindade onisciente. Um ateu é simplesmente alguém que considerou esta afirmação, leu os livros e concluiu que ela é absurda. Não é preciso ser dogmático para rejeitar crenças religiosas injustificadas. Como disse o historiador Stephen Henry Roberts (1901-71): “Afirmo que ambos somos ateus. Apenas acredito num deus a menos que você. Quando você entender por que rejeita todos os outros deuses possíveis, entenderá por que rejeito o seu.” son’ (O Fim da Fé: Religião, Terror e o Futuro da Razão) e ‘Letter to a Christian Nation’ (Carta a uma Nação Cristã)

quinta-feira, janeiro 04, 2007

QUANDO OS ABUTRES JULGAM

Quaisquer que fossem os crimes de Saddam Hussein, eles são insignificantes perante os dois milhões de mortos que o imperialismo americano já produziu no Iraque. Diante da magnitude dos crimes de Bush pai, Clinton e Bush filho, Saddam Hussein parece uma criatura verdadeiramente angelical. O tribunal fantoche de Bagdad, constituído sob a bota da tropa de ocupação estadunidense & britânica, não tem qualquer legitimidade, legalidade e nem sequer decência para julgar seja quem for. A verdadeira justiça no Iraque só poderá começar quando forem expulsos os invasores. Até lá, a execução de Saddam Hussein será apenas mais um dos milhentos crimes perpetrados pelo imperialismo americano.